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sábado, 19 de março de 2011

Oásis, dunas e cachoeiras são atrativos do Jalapão, TO


Ocupando uma área de 34 mil km² no Estado de Tocantins, a unidade de conservação ambiental do Jalapão oferece aos turistas banhos de cachoeira, passeios em dunas, esportes radicais, a sensação de não poder afundar dentro de um oásis, trilhas e até descanso em uma praia de água doce.

O Jalapão envolve sete municípios, sendo eles Mateiros, Lagoa do Tocantins, Novo Acordo, Lizarda, São Félix do Tocantins, Ponte Alta do Tocantins e Santa Tereza do Tocantins. Com temperatura média anual de 30ºC, um banho de cachoeira surge como uma opção para o visitante se refrescar.
A Cachoeira da Velha é a maior do Jalapão, com duas quedas de mais de 20 metros de altura. Depois de aproveitar suas águas, o turista pode criar coragem para caminhar durante cerca de uma hora para descansar na Prainha da Cachoeira da Velha, na qual é permitido acampar, por exemplo.
Já a Cachoeira do Formiga tem apenas uma queda d'água mas, ao final desta, forma-se uma piscina de água doce, cercada de árvores como samambaias e palmeiras.
Fervedouro no qual é impossível afundar é uma das principais atrações do Jalapão, TO Se o objetivo do visitante é ficar na água, mas querendo uma experiência diferente de apenas uma piscina de água doce, o local ideal é o Fervedouro, no qual é possível aproveitar o fenômeno chamado ressurgência - águas profundas que sobem para a superfície - no qual é impossível afundar. O local, que lembra um oásis, tem a sua volta brejos e riachos, e é fechado por bananeiras.
Se ser incapaz de afundar não é aventura o suficiente, no Jalapão pode-se fazer rafting. O fã de esportes radicais pode percorrer longos percursos, que duram até quatro dias passando pelas águas de diversos rios da região, ou realizar a descida rápida, que dura três horas e passa por seis quilômetros. De maio a setembro é a época ideal para a prática do esporte, pois Tocantins está em seu período de seca, portanto as águas estão mais baixas e calmas.
Os passeios turísticos também incluem colocar o pé nas areias das dunas da região. Cercadas pela Serra do Espírito Santo, chegam a até 30 metros de altura. A Serra é de formação arenosa, então os ventos causam sua erosão, formando as dunas.
Para chegar ao Jalapão, deve-se primeiro chegar à capital tocantinense, Palmas. De lá, são 64 km pela TO-050 até a cidade de Porto Nacional, mais 116 km pela TO-255 até Ponte Alta do Tocantins, que é chamada de "entrada do Jalapão". Também pode-se sair de Palmas pela TO-020, e seguir 128 km para novo Acordo, ou seguir pela TO-030, por 100 km, até Santa Tereza do Tocantins. É recomendado viagem utilizando veículos com tração 4x4.

Arquipélago de Fernando de Noronha vive no ritmo da natureza

Contemplar a paisagem exuberante do arquipélago de Fernando de Noronha, cuja descoberta data dos primeiros tempos das navegações europeias rumo ao Novo Mundo, é, ainda hoje, se deparar com o mar cristalino, a abundante fauna marinha e muita natureza.

Cerca de 70% do território integra um parque nacional marinho e, assim, essas ilhas também encerram privações em nome do preservacionismo --muitas praias têm restrições de uso, como horário certo para fechar.
Tartarugas marinhas, golfinhos-rotadores e vários outros bichos são presenças tão frequentes que fazem parte da paisagem.

Adriano Vizoni/Folhapress
Peixes na praia do Sueste, no arquipélago de Fernando de Noronha
Peixes na praia do Sueste, no arquipélago de Fernando de Noronha
Esse intenso contato com a natureza faz com que seja difícil achar um "ilhéu" (ou habitante de Fernando de Noronha) que não saiba recitar de cor as principais espécies que passam por lá e as medidas para sua conservação.
O paraíso, claro, tem seu preço. Estar a 550 km do continente em Recife (PE) impõe dificuldades logísticas ao arquipélago. Isso encarece (muito) produtos e serviços.
Custando mais de R$ 3,70 o litro, a gasolina vendida no único posto de combustível de Fernando de Noronha é a mais cara do Brasil.
Comer e beber também sai bem mais caro, mas as opções costumam ser charmosas e saborosas. Os frutos do mar são destaque.
Às quartas e sábados, o show é do chef Zé Maria, o mais famoso do arquipélago, dono da pousada que leva seu nome. Ele promove um festival gastronômico com mais de 50 pratos. É obrigatório fazer reserva, pois pode ser difícil conseguir mesa.
Para pagar por tudo isso, o ideal é sacar dinheiro ainda no continente. A aceitação de cartões de crédito e débito aumentou bastante nos últimos anos por lá, mas há instabilidade na rede.
Além disso, ainda há poucos caixas eletrônicos e a única agência regular é do banco Santander.
HOSPEDAGEM
O jeito mais barato de se hospedar em Noronha são as pousadas domiciliares. Há dezenas em vários pontos.
As acomodações costumam ser simples. Quase todas têm ar-condicionado e incluem café da manhã. Mas quem busca mais conforto, pode optar por um dos hotéis do arquipélago.
Embora a área do arquipélago seja pequena, o jeito melhor para se deslocar são os buggies. As estradas vicinais que levam às principais praias costumam ser acidentadas, dificultando o acesso de outros veículos.
Se o visitante não quiser guiar, há motoristas que fazem serviço de táxi. Não há taxímetro, mas, sim, uma tabela de referência que pode ser conseguida no ponto da Vila dos Remédios. Em geral, combina-se o preço da corrida antecipadamente, assim como um horário para o carro levar e buscar.
Existe ainda uma linha de ônibus que percorre a BR-363 _a segunda menor rodovia federal do Brasil, com cerca de 7 km. Ela liga o porto de Santo Antônio à praia do Sueste. É preciso ficar atento à frequência, que pode mudar ao longo do dia.
BAGAGEM
Calças jeans e casacos são itens quase supérfluos. Roupas leves e sandálias são a pedida. Nessa época, como algumas trilhas como a da praia do Leão e a do Atalaia podem estar enlameadas, convém levar tênis.
Protetor solar e repelente são fundamentais. Lá, a variedade de marcas é restrita e os preços, altos. E as farmácias são raras: não se esqueça de colocar na mala medicamentos de uso contínuo.

Paraíba quer atrair turistas pela boca

Segundo a PBTur (órgão oficial de turismo do Estado), em 2010 a Paraíba recebeu 1,3 milhão de visitantes. No mesmo ano, segundo as secretarias de turismo, os vizinhos Rio Grande do Norte e Pernambuco receberam 2,6 milhões e 4,2 milhões de pessoas, respectivamente.

Culinária é atração na Paraíba
Culinária é atração na Paraíba
Potencial para aumentar o número de turistas na Paraíba não falta. E ela sabe disso. Tanto que os moradores parecem já ter um plano estrategicamente traçado.
Plano que não fica só em cima de divulgar as belezas naturais do litoral e do interior paraibano. Agora, a conquista está sendo feita em, pelo menos, outras três frentes de peso: pela boca, pelas artes e pela cachaça.
A reportagem esteve em João Pessoa e em Bananeiras. Cidades que distam cerca de duas horas de carro e oferecem paisagens bem diferentes. A primeira atrai especialmente por suas praias (incluindo a de Tambaba, de nudismo) e produção cultural. A outra, no Brejo Paraibano, convida a passeios por gastronomia e engenhos.
PELA BOCA
Fazer uma viagem gastronômica pela Paraíba é coisa para iniciados. Se é o seu caso, não deixe de provar o guisado de bode, o saboroso rubacão (um cozido preparado com arroz, queijo de coalho, feijão de corda, arroz e linguiça) e o arrumadinho (preparado com carne de charque e feijão verde).
Quem não encara refeições tão "arretadas" assim pode ficar numa dieta mais básica, sem deixar de experimentar os sabores locais. Prove a macaxeira (o ponto ideal é cremoso, e quase desmanchando na hora da garfada) e o caldo de fava.
PELA ARTE
Em João Pessoa, faça um tour pelos ateliês de artistas locais. A reportagem visitou a casa do ceramista, escultor e pintor Miguel dos Santos.
É dele a obra "A Pedra do Reino", no centro da capital, em homenagem ao escritor Ariano Suassuna. "Eu e Ariano invertemos. Nasci em Pernambuco e vim para a Paraíba. Ele nasceu na Paraíba e mora em Pernambuco", diz.
Entrar na casa de Miguel é se transportar para um mundo à parte. Seus trabalhos formam um grande corredor.
O corredor leva à sua sala. E sua sala guarda relíquias, como um boneco de mestre Vitalino. "Eu me inspiro em Vitalino desde os quatro anos, quando o via trabalhando na feira de Caruaru."
Para visitar Miguel e outros artistas de João Pessoa, reserve algumas boas horas do seu dia. Para dar tempo de apreciar as obras e conversar à vontade.
Já se seu interesse é pela cachaça, o tour deve ser pelos engenhos da região do Brejo. Sua base poderá ser a cidade serrana de Bananeiras.

sábado, 12 de março de 2011

Desenhos pré-históricos atraem visitas para parque do Piauí

Cenas de sexo e rituais de dança contam um pouco da história da humanidade nas rochas da Serra da Capivara, no sudeste do Piauí. As imagens foram desenhadas por grupos que viveram na região há, pelo menos, 50 mil anos e, junto aos cânions do Parque Nacional Serra da Capivara, fazem do lugar um dos destinos turísticos mais importantes do Estado.

O território do parque se estende pelos municípios de São Raimundo Nonato, São João do Piauí, Coronel José Dias e Canto do Buriti, numa região rochosa formada pelo levantamento do fundo do mar há 240 milhões de anos. Até agora, 912 sítios arqueológicos (com esqueletos, artefatos e os desenhos) foram registrados no parque, sendo que 128 podem ser visitados.

Para acessá-los, deve-se caminhar por trilhas que permitem apreciar a paisagem diversificada da região: descampados, planícies, chapadas e depressões contrastam com serras, cavernas e paredões de rocha - todos sobreviventes do processo milenar de erosão que esculpiu as montanhas locais e soterrou os vestígios humanos.

As pinturas registram o cotidiano de diferentes culturas que passaram por ali, separadas no tempo por milênios. Entre as cenas registradas, encontram-se partos, caçadas, animais e diversos tipos de rituais. Desde 1991, as áreas arqueológicas da Serra da Capivara integram a lista de Patrimônios da Humanidade Protegidos pela ONU.

Parque Nacional Serra da Capivara: abre todos os dias, das 7h às 17h e cobra R$ 3 pelo ingresso. Ele é administrado pela Fundação Museu do Homem Americano, que expõe as descobertas arqueológicas da região no Centro Cultural Sérgio Motta (em São Raimundo Nonato, dentro do parque). Para visitar o acervo os ingressos custam R$ 6 ou R$ 3 (meia-entrada). Mais informações no site: www.fumdham.org.br.

Turistas seguem pegadas de dinossauros no sertão paraibano

Pegadas de dinossauros têm até 250 milhões de anosO caminhar de animais gigantescos imprimiu nas terras do sertão paraibano pegadas com idade entre 65 milhões a 250 milhões de anos. Elas estão espalhadas por 30 localidades, numa área de aproximadamente 700 quilômetros quadrados em torno da bacia sedimentar do Rio do Peixe, conhecida como "Vale dos Dinossauros".

A cidade que concentra as trilhas mais importantes é Souza - próxima a Cajazeiras e Juazeiro do Norte. Ali, o agricultor Anísio Fausto da Silva encontrou as primeiras pegadas, em 1897, no local apelidado "Passagem das Pedras" e as atribuiu a "bois e emas gigantes". Elas têm 40 centímetros de diâmetro, "caminham" por 50 metros e, na década de 1920, geólogos descobriram que pertenciam a um iguadonte (dinossauro herbívoro e bípede, com peso entre três e quatro toneladas).

Por todo o vale, encontram-se marcas com diâmetro entre 5 e 40 centímetros. Algumas pertenciam a dinossauros do tamanho de uma galinha, outras aos ilustres gigantes. Entre os maiores que registraram passagem pela região, figuram o alossauro (bípede carnívoro que, inclinado, alcançava de nove a doze metros de comprimento e 4,2 de altura) e o estegossauro (herbívoro quadrúpede, que alcançava 4,5 metros de altura e tinha o dorso contornado por saliências em forma espinhosa).

As pegadas sobreviveram ao tempo graças ao processo de fossilização por que passaram. Foram impressas na lama ou areia úmida durante períodos chuvosos. Na seca, solidificaram-se e foram cobertas por camadas de areia e barro trazidas pelas enchentes. Assim permaneceram, até a ação do tempo e dos estudiosos as revelar.

Vale dos Dinossauros: o principal acesso para o Vale, no sertão da Paraíba, é pela BR-230. Para mais informações, consulte o site: www.valedosdinossauros.com.br

Dispense o jipe e conheça os Lençóis Maranhenses a pé

O céu e as dunas formam lindas paisagens nos Lençóis MaranhensesFazia sete horas que caminhávamos sobre as dunas frescas do paraíso terrestre que são os Lençóis Maranhenses. Nosso destino era Queimada dos Britos, povoado construído ao redor de um oásis no centro do parque nacional. Meu pé esquerdo doía há pelo menos três horas, e o direito começava a reclamar. Não agüentava mais olhar para meu guia, Maciel "Cara de Jaca" Brito, único ser humano visível nos últimos 20 quilômetros e, portanto, responsável exclusivo por minha crescente exaustão.

Joguei a mochila na areia, no alto de uma duna. "Chega", determinei, "é hora de um mergulho." Maciel consentiu contrariado, sabia que a noite estava perto. Escolhi uma lagoa com água particularmente transparente, fresca e doce. Dez minutos foram suficientes para diluir tudo que era amargo e cansado em mim. Boiando sob céu azul, recortado por grandes arcos de areia e água, fui resgatado pela voz do guia. Respondi a ele tranqüilo pela primeira vez em muito tempo. Estava bem, pronto para andar mais sete horas, se necessário.

"Isso é imenso demais pra visitar correndo, em um pacote básico de excursão, naquele barulho, naquela bagunça, e com um guia sempre apressando para levar pra próxima lagoa", disse Maciel, enquanto eu me recompunha. Ele descreveu exatamente o que eu senti alguns dias antes quando, acompanhado por um grupo de 20 turistas de todas as idades e origens, tive meu primeiro contato com a imensidão dos Lençóis. Foi um passeio básico, de quatro horas, em uma Toyota 4x4 - daqueles feitos pela maioria das pessoas que visitam a região. Seguimos um guia por lagoas mais populares, muito pisadas e repisadas. Foi interessante, mas a experiência não me pareceu suficiente.

Maciel ainda não havia terminado de falar, teve a paciência de me dar um momento para reflexão antes de prosseguir com sua filosofia: "Essa paisagem é única, muda todo dia com o vento e não tem ninguém aqui para testemunhar. Essas lagoas que a gente está vendo agora, são só para os nossos olhos. Quando passar alguém aqui, se é que vai passar, já será outro lugar. Quando descermos dessa duna, ela vai deixar de existir."

Ponto de partida
Barreirinhas é uma cidade eminentemente turística. Banhada pelo rio Preguiça, tem estrutura de pousadas, hotéis e agências relativamente bem desenvolvida. A maior parte dos passeios pelos Lençóis Maranhenses começa ali, sejam de 4x4, de barco ou a pé. Sua proximidade a áreas nobres do parque e uma estrada que não fica completamente inacessível durante o período de chuva justificam o desenvolvimento mais intenso do turismo ali do que em outras cidades que fazem fronteira com o parque nacional.

As principais estradas que chegam a Barreirinhas vêm de São Luís, pelo oeste, e do Piauí, a leste. No meu caso, vim acompanhando um grupo de cinco turistas europeus e um guia colombiano que conheci em Parnaíba, cidade do litoral piauiense na fronteira com o Maranhão. Pegamos um ônibus até Tutóia e lá embarcamos na 4x4 que sacolejou até Barreirinhas por quatro horas, embaixo d'água, passando por estradas de terra, areia ou uma combinação das duas. No caminho, poucas casas, algumas vacas e roças, até que a primeira duna se definisse claramente. Era uma enorme bola de futebol cortada ao meio, mais murcha aqui do que ali, se impondo sobre os charcos. Dali pra frente, a areia é onipresente.

O centro de Barreirinhas é um polo agregador de gente de todo canto: dólar e euro, artesanato e cigarro, neo e old hippies, mineiros, israelenses e, principalmente, maranhenses. Ao longo do Preguiça, segue a agradável avenida Beira-Rio com seus bancos, deques, restaurantes, barzinhos e baladas.

Na avenida, em uma boate flutuante, tive minha primeira genuína balada de forró depois de cinco meses de mochila no Nordeste. Guitarra, teclado e voz, algo como 30 homens e 30 mulheres se moendo de dançar no salão sobre o rio. Nesse dia, conheci Maciel. Conversamos por muitas cervejas, me contou que nasceu na Queimada dos Britos, um dos dois vilarejos que permaneceram dentro dos Lençóis quando o parque nacional foi criado - o outro é Baixa Grande. Onze casas no primeiro, seis no segundo.

Maciel veio ser guia em Barreirinhas. Não sabe dizer quantas vezes cruzou a pé os 270 km² do parque. Combinamos um preço camarada, negociação extra-agência. Partiríamos no dia seguinte. Saímos de Barreirinhas de barco, seguindo o rio Preguiça até sua foz em Atins. Dormimos no Canto dos Atins, último núcleo permanente no litoral.

Dentro do parque não existem habitações na costa, apenas esparsas barracas de pescadores. Almoçamos em uma no meio do primeiro dia de caminhada, oito horas direto do Canto dos Atins até Queimada dos Britos. É o passeio que abre o texto, uma impressionante seqüência de ondas espontâneas desenhadas por vento, areia e água. Existem outras possibilidades de caminhadas menores, mas fiz questão da mais longa. Queria uma overdose daquele lugar.

É impossível descrever uma linha reta ao andar. Tem-se que acompanhar essas imensas massas d¿água por cima de enormes massas de areia que as circundam sob uma gigantesca massa de ar. Já era noite há meia hora quando alcançamos a entrada do oásis. O local é marcado por um espigão de vegetação que avança sobre a areia a partir do núcleo verde que é Queimada dos Britos. O guia foi preciso mesmo no escuro: circundou lagoas e fomos direto à entrada. A casa mais próxima ao mar é a de Aldo, tio de Maciel, casado com Maria e pai de três crianças. Todos Brito, todos pescadores. Maciel dormiu ali uma noite e partiu, eu fiquei.

Construindo castelos
Fui bem acolhido do começo ao fim, mesmo tendo chegado de noite e sem avisar. A maior rede da sala ficou para mim, dividindo o cômodo com as crianças e com Eduardo, amigo de 55 anos que também mora ali e zela pela casa e pelos pequenos. Aldo sai cedo para pescar, divide a tarefa com dois colegas e retorna no final da tarde com alguns quilos de peixe para limpar e salgar. Maria limpa a casa e cozinha, cuida dos muitos animais e remenda seus filhos, aventureiros das dunas. Com oito, nove e doze anos, são os primeiros a chegar a qualquer lugar e os primeiros a ficar sabendo do que aconteceu.

Foram meus companheiros, guardiões e guias. Durante três ou quatro dias não encontrei ninguém de outra família, ia da casa para as dunas e por lá passava horas. Pelas manhãs, horário de aula, estava sozinho, mas toda tarde era acompanhado pelos três curumins.

Os moradores do vilarejo aprenderam a lidar com turistas. Grupos pequenos e freqüentes chegam à Queimada para passar algum tempo. Praticamente todas as casas aceitam receber visitantes e oferecem estrutura que vai desde o quintal para acampar até quartos individuais. O grande atrativo está na possibilidade de viver por alguns dias com aquela família, compartilhar seus horários, refeições e cotidiano. Comi por cinco dias bolacha água e sal, café, arroz, farinha e peixe, com uma ou outra variação. Desejos de abastecimento e luxo não serão satisfeitos ali. O turismo é uma renda complementar e bem-vinda, não um grande empreendimento que busca retorno. Não espere serviços e pousadas estruturadas, ali tudo acontece devagar e mais simples.

Levou alguns dias para aquela imensidão decantar em mim. À noite, sozinho sob enorme lua cheia, em uma lagoa daquelas - calma, morna, doce - ficou óbvio como o centro dos Lençóis é um dos melhores lugares da Terra para namorar. Fica para a próxima. Para voltar, tive mais dois dias de caminhada com Aldo, quatro horas até o vilarejo de Betânia e mais três até Santo Amaro, para onde minha mochila havia sido despachada desde Barreirinhas. Segui viagem com alma leve e coração carregado de dunas, lagoas e céu. Tenho cá sempre comigo a vista que encontrei em cima da duna mais alta: dezenas de lagoas visíveis em todo canto refletiam a imensidão da lua cheia, tingindo de prata todos os lados da esfera do mundo. Se me esforço, consigo rever esse cenário, como faço agora. Algum dia, ainda acabo de contar todos aqueles pontos de luz prateada.



Caminho das areias
Encontrar guias ao acaso em boates de madrugada talvez não seja a preferência da maior parte dos turistas. Os três dias de caminhada descritos aqui privilegiam o contato humano e minimizam os custos, independentemente de conforto. Foram gastos cerca de R$ 270 nos sete dias que o autor esteve na região dos Lençóis Maranhenses, mas há opções mais confortáveis de passeios:

sexta-feira, 4 de março de 2011

Carnaval

Carnaval

O Carnaval brasileiro é internacionalmente conhecido. Sua explosão de cores, calor e alegria chama a atenção de turistas de todas as partes do Brasil e do mundo. As comemorações tomaram tamanha proporção nas últimas décadas que o evento está na lista dos mais importantes na agenda do brasileiro. Existem várias formas de se festejar o Carnaval. Tudo depende de onde no Brasil você deseja estar na hora da folia. Na cidade do Rio de Janeiro acontecem os espetaculares desfiles das escolas de samba. A Avenida Marquês de Sapucaí abriga um grande “sambódromo”, onde grupos com cerca de cinco mil integrantes desfilam fantasiados, esbanjando alegria e cantando o samba-enredo de sua escola. Muitas cores, brilhos, plumas e paetês enfeitam as noites do Carnaval carioca, balançando a multidão presente nas arquibancadas e camarotes. Na cidade de São Paulo, o cenário não é muito diferente da vizinha fluminense. Seguindo o embalo carioca, milhares de foliões seguem rumo ao “sambódromo” paulistano para prestigiar os desfiles das escolas de samba, suas músicas e suas grandiosas alegorias. Trazendo todos os anos alguma novidade para alegrar os olhos dos visitantes e espectadores, as escolas paulistas capricham no brilho e abusam do luxo na hora de se fantasiar. Imperdível! Já na capital baiana – Salvador  – o estilo é um pouco diferente. Os gigantescos e bem equipados trios elétricos arrastam pelas ruas milhões de animados carnavalescos, ao som da axé music. As diversas bandas passeiam pela cidade levando inúmeros foliões, que cantam e dançam até o sol raiar. Ali, a festa dura muito mais que os três dias oficiais; a folia começa uma semana antes, com o pré-carnaval, que serve de aquecimento para os mais animados. Atualmente, não importa onde seja, nos famosos carnavais das mais famosas capitais do País ou nos bailes de clubes espalhados pelo interior, a estrutura para receber os visitantes se apresenta cada vez melhor. Grandes redes hoteleiras, pousadas, albergues e campings oferecem aconchegantes locais para um bom descanso depois da farra, atendendo a todos os gostos e bolsos. A área gastronômica também não deixa a desejar. É possível encontrar desde os mais sofisticados restaurantes às mais simples lanchonetes. E o mais importante, com pessoas sempre dispostas a bem atender, seja o morador local ou o turista. Carnaval no Brasil é assim, sinônimo de alegria e muita festa; além da ótima infra-estrutura e da incomparável hospitalidade do povo brasileiro.

Resorts pelo Brasil - Costão do Santinho Resort (Florianópolis, SC)

Ele nasceu em 1991, como um condomínio de vilas de apartamentos à beira-mar e, hoje, é um dos complexos mais bem-equipados do País. Na Ala Internacional, as acomodações são mais confortáveis e têm vista para o mar. Entre as atividades oferecidas no local, segmentadas por faixa etária, estão golfe, arvorismo, cinema, danceteria, quadra de tênis, spa e quatro restaurantes. Para crianças de 4 a 6 anos, por exemplo, há o museu ao ar livre, oficinas e arqueologia náutica. As crianças maiores podem aproveitar aventuras, jogos noturnos e passeios. Já os idosos podem fazer caminhadas na mata atlântica, massagem, dança, jogar carteado e participar de bingos e chás.

Resorts pelo Brasil - Nannai Beach Resort (Porto de Galinhas, PE)

Inaugurado em 2001, ele se destaca pelos charmosos bangalôs suspensos sobre piscinas. O teto de piaçava, o revestimento de madeira, a cama king size e a piscina privativa dão o charme especial a 37 dos 49 bangalôs. No espaço coletivo, a mais nova atração é o campo de golfe com 18 buracos, ideal para o treinamento de tacadas curtas. Além disso, há um Kids Club completo, para não sobrar preocupação com as crianças enquanto os pais aproveitam o bar instalado na praia. Quer aproveitar o máximo do luxo oferecido pelo Nannai Beach? No Bangalô Master, você terá uma cozinha gourmet e piscina privativa com hidromassagem no interior da sala de estar.

Ilha do sul da Bahia esconde belas praias e rica fauna

Em Boipeba - uma ilha localizada na costa do Dendê, litoral sul da Bahia - bromélias, orquídeas e arbustos típicos da Mata Atlântica convivem com os vegetais rasteiros da restinga e os territórios inundados do mangue. Esse cenário variado, aliado à preservação motivada pelo acesso difícil, faz do local um paraíso para animais e turistas.

O principal povoado da ilha chama-se Velha Boipeba e tem 1,6 mil habitantes, um posto telefônico, um supermercado, uma igreja e um campo de futebol. Fundado pelos jesuítas em 1537, ele deve seu nome à expressão tupi "mboi pewa", que significa "cobra achatada" - maneira como os índios se referiam às centenas de tartarugas marinhas que, até hoje, desovam no local.

A paisagem de Boipeba é sempre rondada por papagaios e pica-paus que, lá do alto, assistem aos micos trapezistas nas copas das árvores. No chão firme, tatus praticam seu esconde-esconde típico, enquanto o território encharcado esconde caranguejos, moluscos, ostras e outras espécies que, freqüentemente, terminam nas mesas de restaurantes locais.

Cortando esse cenário, trilhas ligam as diversas praias de Boipeba. A principal dessas praias, Boca da Barra, fica na entrada da ilha e chama atenção por ser o local onde o Rio do Inferno desemboca no Oceano Atlântico, permitindo mergulhos em água doce ou salgada.

Uma caminhada de 10 minutos para o sul de Boca da Barra leva à praia de Tassimirim, onde recifes situados à beira-mar fazem a cor das águas variar de um verde esvaído aos tons mais fortes do azul. Durante a maré baixa, pode-se continuar o passeio por um trecho de pedras que termina na praia de Cueira. Ali corre o rio Aritibe, indicando o caminho para o povoado e para as belas piscinas naturais de Moreré, no leste da ilha.
Boipeba tem praias com coqueiros à beira da areia
Boipeba tem praias com coqueiros à beira da areia

Como chegar:
A Ilha de Boipeba pertence ao município de Cairú. O local é regularmente servido por vôos que partem do aeroporto de Salvador, demoram cerca de 30 minutos e custam R$ 340. Nenhuma embarcação liga Salvador diretamente à ilha, mas há lanchas zarpando para lá de Valença, Graciosa e Morro de São Paulo.

Planeje suas férias inesquecíveis sem sair do Brasil

Na hora de planejar as férias, é tão comum sonhar em colocar na prática uma desejada viagem para o exterior que nos esquecemos de que vivemos em um país com atrativos naturais invejáveis, cidades históricas e praias paradisíacas. A vantagem para nós, brasileiros, é que podemos entrar em contato com essa imensa diversidade cultural sem precisar enfrentar as taxas de câmbio ou limitações de língua. Por isso, confira algumas sugestões de destinos que podem transformar sua viagem em uma experiência inesquecível.
De cara, vale muito descobrir os Lençóis Maranhenses. O parque no nordeste do Estado é composto predominantemente por dunas e lagos formados pela ação do vento e da chuva. Possui uma beleza ímpar devido ao contraste do branco da areia com o azul das águas. A cidade mais próxima é Barreirinhas. As dunas são muito altas e as lagoas possuem águas claras e quentes.
Lugar que faz jus ao nome, Ilhabela é considerada uma das praias mais bonitas do Estado de São Paulo. Tem regiões com areia fina e outras com uma cor avermelhada, formada por restos de conchas. A ilha é cortada por diversos cursos e água e possui muitas cachoeiras. Graças à grande área natural que possui, o ecoturismo é muito forte no local: cavalgada, escalada, mergulho, ciclismo, trekking, vela e windsurf são algumas das atividades disponíveis.
Outro destino bastante procurado é Ilha Grande, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. São 193 km² de ilhas, repletas de praias, cachoeiras e riachos em uma das áreas de Mata Atlântica mais preservadas do litoral brasileiro. A ilha é toda cortada por trilhas que ligam vilas e praias, sendo um paraíso para os amantes do trekking. A Vila do Abraão é o local com melhor infraestrutura para receber os turistas que desejam conhecer a ilha.
Por fim, impossível falar de destinos aquáticos sem mencionar as Cataratas do Iguaçu, conjunto de cataratas na fronteira do Paraná com a Argentina, e visível dos dois países. No lado brasileiro, o melhor ponto de observação é a plataforma que fica depois da Garganta do Diabo. Há um passeio de bote pelas cataratas, que chega a entrar debaixo de algumas das quedas d'água. Para quem se dispuser a ir até o lado argentino, há uma quantidade ainda maior de trilhas e cachoeiras para ver.As dunas dos Lençóis Maranhenses são muito altas e as lagoas possuem águas claras e quentes
As dunas dos Lençóis Maranhenses são muito altas e as lagoas possuem águas claras e quentes
Por terra
Já a Chapada dos Guimarães, cidade situada exatamente entre os oceanos Atlântico e Pacífico (são aproximadamente 1,5 mil km de distância) atrai por sua quietude e natureza exuberante, como o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, as cachoeiras, lagoas, cavernas e trilhas em meio ao cerrado. Além disso, o artesanato é muito forte na cidade e é exposto em uma feirinha que funciona a semana toda.
De saideira, que tal uma viagem no tempo? É a sensação de quem visita as cidades históricas de Minas Gerais. Os municípios de Mariana, São João Del Rey, Ouro Preto, Tiradentes e Diamantina são o roteiro ideal para quem quer conhecer mais sobre o Ciclo do Ouro no Brasil e sobre o período barroco em geral. Deleite-se com as ladeiras que lembram o período medieval, igrejas e casarões antigos. Não deixe ainda de passar por Ouro Preto, declarado patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco - lá é possível conhecer obras de mestres do barroco brasileiro, como Aleijadinho.

Bonito espera elevar em 5% fluxo de turistas


Bonito recebeu mais de 276 mil visitações no ano passado
O turismo em Bonito, destino mais famoso do Estado fechou o ano com aumento de 4,06% nas visitações. Segundo levantamento da Secretaria Municipal de Turismo, Indústria e Comércio, foram 276.164 visitações em 2010, sendo 10.767 visitas a mais que 2009. Segundo o secretário de turismo, Augusto Barbosa Mariano, o desafio para 2011 é aumentar em 5% esse resultado alcançado no ano passado.
foto Segundo o secretário, o incremento em 2010 foi resultado do trabalho de todos - iniciativa privada, poder público e sociedade, além do grande apoio, entrosamento e articulação com o Governo do Estado através da Fundação de Turismo de MS e Governo Federal, através do Ministério do Turismo. “Antes do Governador André Puccinelli não existia política pública para o turismo. Hoje contamos com planejamento, orçamento, recursos, metas e, consequentemente, obtemos bons resultado”, enfatiza Mariano.
Entre as obras de infraestrutura, Augusto Mariano destaca a pavimentação da estrada MS 178, que integra a região de Bonito e da Serra de Bodoquena com o Pantanal e é a principal rota de entrada de estrangeiros através da Bolívia; a drenagem e pavimentação das ruas da cidade e a instalação da seção de incêndios, que possibilitou o início da operação do aeroporto da cidade que hoje já conta com voos regulares às quintas e domingos.
As políticas públicas também foram de extrema importância para esses resultados. Exemplo disso foi o decreto de criação do Geoparque Bodoquena-Pantanal que garantiu a chancela da Unesco possibilitando estudos oficiais na região. O fortalecimento de instâncias de governança, do Projeto “65 destinos indutores” e do Fórum Bonito-Serra da Bodoquena também foram decisivos no processo que garantiu a Bonito, pelo nono ano consecutivo, o prêmio da Revista Viagem e Turismo de melhor destino de ecoturismo do Brasil.
A secretária de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo de Mato Grosso do Sul (Seprotur), Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, lembra que a divulgação foi essencial para o resultado.“Bonito se fez presente nas principais feiras, eventos e road shows, além de feiras com grande alcance de público como o Salão do Automóvel e Salão Imobiliário. Representantes do setor turístico também estiveram em feiras internacionais, sempre munidos de materiais de divulgação, fortalecendo a rota Pantanal-Bonito. Isso demonstra que o Governo do Estado priorizou esse segmento”, enfatizou.
O secretário Augusto Mariano lembra que “ainda existem arestas a serem aparadas nesse sistema, mas sua eficiência já está consolidada. Somos hoje a segunda maior arrecadação do município, perdendo apenas para a atividade agropecuária”. Atualmente 50% da mão de obra do município está voltada diretamente para o turismo. São guias, agentes, remadores, monitores, recepcionistas, motoristas e demais pessoas que ajudam na realização dos sonhos de quem visita a cidade.
 E a meta é garantir a melhor distribuição de demanda, isso é, atrair o turista também durante a baixa temporada, colocando Bonito na vitrine do Brasil para eventos. Para o alcance de bons resultados o município investe na parceria com a rede hoteleira (hoje com 5 mil leitos), com o Centro de Convenções (com capacidade para 3 mil pessoas) e o aeroporto.
O município também já começa a se preparar para atender a demanda de turistas que virão ao Brasil para a Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas em 2016. Para receber bem esse público estão sendo feitos investimentos na profissionalização da mão de obra e no crescimento da rede hoteleira. Uma parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul garantirá a abertura esse ano de 44 novas vagas para o curso de guias de turismo, especializados em atrativos naturais.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Conheça a cidade de São Paulo de bicicleta

Para quem quer conhecer um pouco da história de São Paulo e ainda pedalar, o Terra conta sobre um roteiro prontinho para fazer com outros ciclistas e também dá as dicas para quem ainda precisa ir num ritmo mais lento com a bicicleta. O Pedal das Estações é um passeio de bicicleta pelos principais pontos históricos do centro da capital, que já existe há 17 anos, mas é conhecido por poucos. O grupo de 100 ciclistas sai de manhãzinha do bairro Campos Elíseos e percorre mais de 20 km.
Roteiro
Os principais pontos do roteiro da Estação do Pedal são a Estação Júlio Prestes, onde está instalada a sala São Paulo de concertos; a Estação da Luz, construída com base na arquitetura inglesa, no século XX, próximo ao Parque da Luz e à Pinacoteca; o Mercado Municipal, onde é necessário tomar cuidado com carros; o prédio do Banespa, uma das vistas mais privilegiadas da capital; a Catedral da Sé, cartão postal da cidade; o Pateo do Colégio, marco zero de São Paulo; o Vale do Anhangabaú e a Praça Ramos de Azevedo até o imenso Theatro Municipal, construído em 1911 e atualmente em reforma; os viadutos Santa Ifigênia e do Chá, belos e muito movimentados; e, por fim, Campos Elíseos, ponto de partida e também chegada do passeio. Esse é um trajeto mais endurance, então, se você não se sentir preparado, é melhor preparar um roteiro que exija menos esforço físico.
Cuidado sempre
Prefira passear de bicicleta pela capital nos sábados ou domingos, quando algumas vias da cidade são transformadas em ciclovias. É o caso do Elevado Costa e Silva, conhecido como Minhocão, passarela que liga o centro da cidade à região da Pompeia. O Elevado lota de paulistanos e de turistas. É importante se lembrar de pedalar sempre à direita dos carros e evite usar fones de ouvido.
Há também ciclovias em avenidas, que têm parte de suas ruas fechadas para o tráfego de automóveis nos fins de semana. É assim nas Avenidas Juscelino Kubitscheck, na Vila Olímpia, e Inajar de Souza, na Vila Nova Cachoeirinha.
Park here
Outras opções são os parques. No Ibirapuera, além de haver ciclofaixa, é possível alugar uma bicicleta. Outros parques, menores, podem ser igualmente divertidos e repletos de verde e ciclistas: Parque do Povo - já foi percorrido de bike até pelo ex-Beatle Paul McCartney, quando visitou o Brasil em novembro de 2010 -, Parque Villa-Lobos, Parque do Carmo e Parque Anhanguera.
Para quem quer algo menos povoado e realmente exclusivo para ciclistas, uma opção é a ciclovia na Marginal Pinheiros, na zona sul. São 14 km de percurso, entre a avenida Miguel Yunes, em Interlagos, e a estação Vila Olímpia da CPTM. O único contratempo é o mau cheiro que o rio Pinheiros ainda pode ter em alguns dias; prefira percorrer o local nos meses mais frios.
Tendo uma bike, há muitos passeios que podem tornar seu final de semana diferente. Vá do Memorial da América Latina e do Parque da Água Branca até a sede da Prefeitura; ou do Masp até o Parque do Ibirapuera. Ao final do percurso, você vai ver que pedal, história, verde e São Paulo andam muito bem juntos.

Pratique rapel em lugares radicais na Bahia

Quando se pensa em sol, praia, carnaval e cultura brasileira, a Bahia é um dos primeiros locais do país a ser lembrado. No entanto, o Estado é também referência quando se trata de esportes radicais. Sua natureza exótica e grande quantidade de parques, cachoeiras, lagos e montanhas tornaram-se famosos entre os turistas que procuram por aventuras.
Devido ao terreno acidentado e incidência de montanhas e cavernas em todo o Estado, o rapel é uma das práticas mais comuns. Interagir com o rio São Francisco e seus cânions, explorar as belezas e acampar na Chapada Diamantina e se aventurar em cascading (esporte de aventura que consiste na exploração progressiva de uma cachoeira) pelas cavernas que se espalham em solo baiano são apenas algumas das possibilidades.
Na Costa do Cacau, as centenas de quilômetros de praias, rios e cachoeiras em áreas preservadas da Mata Atlântica favorecem a prática do cascading, que utiliza as mesmas técnicas do rapel para descer quedas d'água. Ideal para os aventureiros mais experientes, a Cachoeira do Véu de Noiva - sugestivamente conhecida como Pancadão - tem o maior salto da região, com 40 m de altura. O acesso também não é dos mais fáceis: é preciso percorrer uma hora de barco e depois fazer uma trilha de 40 minutos.
Outra queda d'água indicada para níveis avançados de rapel fica na Costa do Dendê. A Cachoeira da Pancada Grande, com seus três gigantescos degraus de pedra (chamados de Três Pancadas) ao longo de 90 m, já foi palco da competição Ecomotion/Pro, que traz desafios na natureza. É preciso ficar atento à forte vazão do Rio das Almas e às pedras do local, que costumam ser muito escorregadias.
Grande cânion
Ponto imperdível para os amantes da natureza é a região de Paulo Afonso, por onde passa o Rio São Francisco. Só a oportunidade de conhecê-lo já seria o suficiente para atrair turistas, mas, além disso, há o cânion que o margeia e que favorece a prática de um rapel alucinante. No Parque Dom Pedro II, da ponte metálica, construída em 1958 por Juscelino Kubitscheck para ligar Alagoas e Bahia, é possível apreciar a bela paisagem durante a descida de 84 m.
No local também é muito comum a prática de bungee-jumping. Se ao chegar lá você sentir alguma familiaridade com o cenário, não se espante: a ponte costuma ser cenário para rapel e bungee-jumping em programas de esporte com certa frequência. Se a intenção é praticar também caving, o destino mais procurado é o Oeste Baiano, cujo conjunto rochoso forma um grande complexo de grutas.
Nas cavernas mais assediadas, Buraco do Inferno e Sumidouro, os obstáculos são considerados difíceis. Já a Gruta do Catão, à qual se chega passando por uma trilha de cerca de 100 m com terreno íngreme e pedregoso e vegetação densa, o caving exige esforço, mas vale a pena devido a sua beleza ímpar. De lá, é possível ter acesso à Lagoa Azul, um dos cartões postais da região. Perto dali também há um sítio arqueológico e um lago com uma espécie de areia movediça.
O paraíso do rapel é a Chapada Diamantina. Com seus morros, grutas e cachoeiras, a região é conhecida pelas belezas naturais. Não deixe de passar pelo Morro do Pai Inácio, cartão postal da Chapada. Talvez você não tenha coragem de se aventurar num rapel pelo local, mas não se iniba -a altura de 150 m faz muitos desistirem antes mesmo da escalada. Se você ainda está começando, o Poço do Diabo, com altura de 22 m e um lago ao final, é o ideal.
Altas aventuras
É na Chapada também que fica a maior cachoeira do Brasil, a da Fumaça - que também é uma das mais altas do mundo, com 420 m. Naturalmente, o cascading no local também é o mais arriscado. Porém, mesmo para quem não tem grande experiência, vale a pena percorrer a trilha de 48 km (em quatro dias e três noites) para chegar até a queda. O roteiro inclui travessia por tirolesa, além de caving e cascading nas cachoeiras e cavernas pelo caminho.
O rapel em caverna também pode ser feito na Gruta do Lapão Velho, na região de Santa Luzia. São duas entradas separadas por 500 m de descida íngreme. Dentro da caverna, há travessias de abismos e galerias submersas. Ao escalar o topo do 'Apaga Vela', chega-se ao salão principal. No total, o complexo tem cerca de 20 grutas.
Rapel urbano
Mas todo amante de rapel sabe que, apesar de ser desejável, o ambiente natural não é pré-requisito essencial para o esporte. Onde houver terreno acidentado e grandes alturas a serem percorridas, será sempre uma boa opção. É por isso que em Salvador, com suas depressões geológicas que deram origem a paredões, pontes e viadutos, não é incomum avistar praticantes de rapel descendo torres aqui e acolá.
Os principais pontos da cidade para a prática são o prédio do Hotel Vitória Marina, torres da TV Itapoã e do Centro de Convenções da Bahia e o Elevador Lacerda, um dos pontos turísticos mais conhecidos da cidade. Com 72 m de altura, ele proporciona uma espetacular visão da Baía de Todos os Santos.

Navios fazem a última chamada para o Carnaval

Ainda dá tempo para aproveitar o Carnaval em alto-mar. Mas corra: dos 20 navios que percorrem a costa brasileira nesta temporada, apenas dez ainda aceitam reservas para o período de folia.
No feriado, os três navios da Costa Cruzeiros --Costa Victoria, Costa Fortuna e Costa Serena-- estão lotados.
Das cinco embarcações da CVC, apenas o CVC Imperatriz, saindo de Itajaí (SC), possui vagas. Até o fechamento desta edição, a Ibero ainda aceitava reservas no Grand Celebration, que zarpa de Santos em 4 de março.
Tanto a MSC quanto a Royal Caribbean ainda têm cabines disponíveis em todos os seus navios.

Editoria de Arte / Folhapress
FESTA A BORDO
Não pense que fugirá da folia em uma viagem de navio. Fique atento à programação. No Costa Serena, há DJ, música 24 horas e um telão na piscina. A ideia é transmitir as imagens do Carnaval em tempo real.
Os navios da CVC terão cronograma temático, com colares coloridos e festas no deque da piscina, com bandas ao vivo de axé, sertanejo, pop rock e samba.
No fim da temporada, o CVC Bleu de France é o último a ir embora, com saída de Santos no dia 18 de maio.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Sinal verde para curtir patrimônios e natureza de Curitiba

Curitiba é um das cidades mais "verdes" do Brasil. A quantidade de parques e bosques é a primeira coisa que chama a atenção do turista que pisa pela primeira vez na capital paranaense. Mas Curitiba também impressiona pelas soluções em transporte público, pela gastronomia de qualidade e vida cultural variada.

Jardim Poty Lazzarotto é um dos points turísticos de Curitiba O parque mais frequentado, o Barigui, é também o maior, com seu 1,4 milhão de metros quadrados. Lá, moradores e turistas convivem pacificamente com preás, socós, garças brancas, gambás, tico-ticos e sabiás que habitam o local. Entre as opções para entretenimento estão churrasqueiras, quiosques, pistas de bicicross e aeromodelismo, quadras, equipamentos de ginástica, restaurante, parques de diversão, o Museu do Automóvel e a Estação Maria Fumaça.
Outro local que é referência na cidade é o Parque Tanguá, que foi inaugurado em 1996 como uma ação para a preservação do rio Barigui. Sua principal atração são as duas pedreiras unidas por um túnel de 45 m de extensão que pode ser atravessado a pé ou por uma passarela sobre a água. O parque também oferece pista de cooper, ciclovia, mirante, lanchonete e o Jardim Poty Lazzarotto.
Como na França
Outro dos pontos turísticos mais visitados de Curitiba é o Jardim Botânico, feito à imagem dos jardins franceses. A estufa impressiona com espécies nacionais e uma fonte de água. Atrás fica o espaço cultural Frans Krajcber, cuja exposição permanente conta com 144 esculturas. Quer conhecer um pouco da mata nativa? Há trilhas no local para se percorrer a pé.
A Ópera do Arame, um dos símbolos de Curitiba, também foi construída à semelhança da Ópera de Paris, com estrutura tubular e teto transparente. O local é cercado por um lago e tem ainda uma cascata. Todo tipo de espetáculo é apresentado ali, do clássico ao popular - a capacidade é de cerca de 1,6 mil pessoas.
No Teatro Paiol, as apresentações são um pouco mais intimistas: a capacidade da casa é de 220 pessoas. O local foi construído para abrigar um depósito de pólvora e, após várias restaurações, foi inaugurado como teatro em 1971, com um show de ninguém menos do que Vinícius de Moraes.
Curitiba tem também tem em seu cardápio turístico o maior museu da América Latina, o Museu Oscar Niemeyer. Ele foi inaugurado em 2002, quando o arquiteto reformulou o projeto do Edifício Castelo Branco, de sua própria autoria.
Ainda de olho na arquitetura da cidade, a pedida é visitar o Largo da Ordem, com suas imponentes construções do século 18, como a Casa Romário Martins e o Museu de Arte Sacra, que fica dentro da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas.
Além disso, vale a pena prestar atenção nas fachadas da Casa Vermelha e do Palácio Garibaldi e passar pela travessa Nestor de Castro, toda decorada com painéis de azulejo feitos por Poty Lazzarotto. Mas o largo é famoso mesmo pela boemia garantida nos bares que o rodeiam e pelos espetáculos de música e arte que acontecem no memorial de Curitiba.



Alugue sua Ilha de Caras gastando pouco (ou muito)

Um final de semana de Ilha de Caras para você e seus amigos. Muito mais do que um sonho, esta pode ser uma possibilidade ao alcance da mão -e do bolso. Por valores que vão de R$ 350 por dia e por pessoa a meio milhão de reais por semana existem, no nosso litoral e em outros mares, ilhas paradisíacas, equipadas para receber grupos e fazer das fantasias, realidade.
No Brasil, o serviço, que alia privacidade, mordomia e paisagens únicas, pode custar R$ 240 por dia e por pessoa. A maior parte das ilhas particulares disponíveis para aluguel está no arquipélago de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. As agências especializadas neste tipo de serviço costumam preparar pacotes que incluem o uso dos imóveis, que podem ser mansões com dezenas de cômodos ou chalés independentes, o transporte até o local, por lancha ou helicóptero, e uma equipe de funcionários de apoio - cozinheiros, marinheiro e faxineiros, por exemplo.
Em Paraty, no Rio de Janeiro, a Ilha do Breu pode receber até 75 pessoas. Basta pagar R$ 35 mil pelo fim de semana todo - menos de R$ 500 por cabeça. Além de passar dois dias em um paraíso tropical, quem escolher esse destino poderá usufruir de 19 confortáveis chalés, com todas as refeições incluídas.
E muito perto, em Angra dos Reis, tem a Ilha da Piedade, perfeita para quem gosta de badalação: aqui já foi a famosa Ilha de Caras. Nos seus seis bangalôs e quatro apartamentos pernoitaram celebridades brasileiras e internacionais, e as suas praias foram cenário de produções fotográficas e romances tórridos. O aluguel é só para grupos fechados, de até 20 pessoas. Tem Casa de Praia com varandas, sala de estar e de jantar, cozinha e banheiro. No alto da ilha fica o Grande Pavilhão com salão, home theater, varandas, piano-bar, sala de sinuca e sala de jantar. Há ainda o deck, as três praias, a quadra de tênis iluminada, e o campo de futebol. Para quem chegar pelo ar, está o heliponto, e para passeios pelas ilhas vizinhas há um barco para transporte de passageiros. O preço de fazer realidade a própria Ilha da Fantasia? U$ 10.000 por dia em alta temporada, aproximadamente R$ 17.000.
Alugar fora do país também pode. A ilha Petit St. Vincent, conhecida como PSV, fica no Caribe e oferece seus quase quatro quilômetros de praias de areia branca pelo valor modesto de U$ 5.670 a semana (aproximadamente R$ 9.600) por cada um dos seus 22 bangalôs. Quem alugar o conjunto tem desconto garantido. A ilha descreve-se melhor pelo que não tem: aeroporto, chave nas portas, TV, telefone, turistas. Há, sim privacidade, natureza virgem, águas turquesas e um serviço de alto padrão, com uma relação de um funcionário por cada visitante. Snorkeling, mergulho com garrafas, passeios de iate e caminhadas são algumas das atividades disponíveis na ilha PSV.
Cayo Espanto, em Belize, surpreende não apenas pelo nome engraçado: a ilha é considerada um dos locais mais bonitos e exclusivos do mundo, a apenas duas horas de Miami. E está disponível para alugar pelo valor de U$ 10.000, a noite (uns R$ 17.000, aproximadamente), com refeições inclusas.
Após troca de avião, chega-se num pequeno jatinho que voa a baixa altura por cima das ilhas e da segunda maior barreira de corais do mundo. Um aperitivo digno de umas férias verdadeiramente cinco estrelas: a ilha conta com quatro mansões e dois bangalôs, todos com vista para o mar e piscinas, total privacidade e serviço de primeira. A capacidade máxima é de 14 pessoas.
Um pouco mais de exotismo, sem abrir mão do luxo, pode ser encontrado nas Ilhas Seychelles, na costa leste da África, no Oceano Índico, região com um dos mares mais transparentes do planeta, e onde ficam talvez as areias mais brancas. Neste local está para alugar a Round Island. O preço não é barato, com certeza: 134.750 Euros por semana (aproximadamente R$ 317.000). E se o quesito for ilhas de preço alto de aluguel, difícil disputar com Musha Cay, nas Bahamas: são U$ 325.000 por semana -um pouco mais de meio milhão de reais! Um detalhe: as ligações não estão inclusas no preço.
Gostou da ideia da ilha própria? Se o dinheiro não estiver curto, sempre existe a possibilidade de comprar algumas ilhas brasileiras que estão à venda. Se tiver dinheiro para isso, claro. A Ilha das Couves, perto do Guarujá, em São Paulo, custa cerca de R$ 12,7 milhões e é descrita como um "verdadeiro paraíso, sem grandes tempestades, cobras ou mosquitos gigantes". Outra ilha, perto de Paraty, é oferecida por R$ 13 milhões. Possui casa com quatro suítes mobiliadas e gerador de energia solar em um terreno de 40 mil metros quadrados.

Vale dos Vinhedos é rota para despertar os sentidos

Então, prepare-se para mudar o paladar e para abrir os sentidos numa viagem pelo Vale dos Vinhedos (RS). Depois de passar pela aula na cantina, na cave e na sala de barricas de carvalho, estarão esperando por você delícias como batata baroa com costelinha crocante. Tudo em harmonia com um Pizzato Reserva Merlot.

Paulo Von Poser/Folhapress
Chapéu com cacho de uvas e materiais de desenho e pintura usados pelo artista plástico Paulo von Poser
Chapéu com cacho de uvas e materiais de desenho e pintura usados pelo artista plástico Paulo von Poser
E nem precisa atravessar o Atlântico ou falar francês. De toda forma, ter um ouvido ítalo-paulistano o ajudará nessa viagem de aromas, sabores, cores e paisagens. Uma viagem completa, e o destino é logo ali. Sofisticado demais? Não. Acredite: é um passeio simples e autêntico.
Prepare-se para desurbanizar e mudar a percepção da correria, se esquecer de filas e do trânsito. Quer balada? Só se for nostálgica. Zoeira mesmo, só se for de gaitas e do sotaque vêneto num casamento italiano típico: o de salames e espumante.
Celebrar a vindima é uma festa! Festa de verão, com rainhas e princesas. Lembranças de uma cultura e de uma região que começa a se transformar e se enriquecer, mas já procura sua memória. Lá, as pessoas são bonitas, receptivas e falantes. Mãos gigantes e narizes ótimos para desenhar e capturar expressões do campo.
Todos querem viver ali, mas sempre contam sobre algum irmão ou filho que mora fora, em São Paulo ou no Rio. Parentes que vão estudar enogastronomia ou algo do gênero e frequentar jantares de degustação. Mesmo assim, agora eu já sei que 85% da qualidade de um vinho vem da qualidade da uva, ou seja do seu lugar.

Empresa situa Brasil como 41º maior destino turístico

Principais destinos turísticos do mundo: Brasil ficou apenas em 41º lugarO Brasil foi classificado na 41ª posição do ranking de 2010 de principais destinos turísticos do mundo, elaborado pela empresa de consultoria internacional FutureBrand em parceria com a rede "BBC World News".
A lista em questão é realizada anualmente há seis anos e se baseia em análises de preferências, necessidades e avaliações pessoais de turistas dos cinco continentes que viajam a negócio ou a lazer.
No topo do ranking, estão Canadá (1º lugar), Austrália (2º), Nova Zelândia (3º), Estados Unidos (4º) e Suíça (5º).
Entre os latino-americanos, a Costa Rica é a mais bem posicionada, situada na 27ª colocação. A Argentina ficou em 33º lugar e o Chile em 40º.




Fonte : Terra

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Muita sombra e água fresca que passarinho não bebe em Monte Alegre do Sul, estância hidromineral com cerca de 7 mil habitantes, no Vale Camanducaia, no Circuito das Águas Paulista, a cerca de 135 quilômetros de São Paulo. Não é à toa que o município ostenta o título de "capital paulista da cachaça": já chegou a ter uma centena, mas hoje concentra um pouco mais de 50 alambiques de cachaça artesanal, com adegas de vinho caseiros e licores de frutas da região.
A produção da bebida destilada começou no ano de 1905 com a colonização italiana, manteve-se por gerações e vem se profissionalizando nas últimas decadas.

A produção da bebida destilada começou no ano de 1905 com a colonização italiana, manteve-se por gerações e vem se profissionalizando nas últimas décadas. Por ano, são engarrafados em torno de 500 mil litros da pinga artesanal produzida com fermento natural em toneis de cobre. A cachaça é filtrada em carvão e descansa em tonéis de madeira.
A produção da bebida destilada começou no ano de 1905 com a colonização italiana, manteve-se por gerações e vem se profissionalizando nas últimas decadas. A produção da bebida em geral é encontrada na zona rural mas como a estância se assemelha a uma pacata vila, lembrando que começou a se formar com a implantação da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro em 1873, tem somente 117 km² de extensão e as propriedades rurais estão a menos de 5 quilômetros da área urbana.
Tranquilidade
Na cidade, as ruas tranquilas foram calçadas por paralelepípedo e cercadas por casas erguidas durante a colonização cafeeira. Muitas edificações foram mantidas com suas características originais de época e ocupadas por moradores ou por estabelecimentos comerciais como bares, restaurantes, empórios e lojinhas de artigos diversos.
Há uma delegacia, o posto de saúde, a prefeitura, câmara municipal e a única agência bancária da cidade que é do Banespa Santander. Há uma agência dos correios, farmácia, o Balneário Municipal e a Igreja Santuário do Senhor Bom Jesus.
Em 2003, foi formada a APROCAMAS (Associação dos Produtores de Cachaça de Alambique de Monte Alegre do Sul e Região). São 57 produtores associados, inclusive representantes de cidades vizinhas. O objetivo é atender às exigências de mercado acompanhando as novas tecnologias, introduzir embalagens e rótulos estilizados.
Monte Alegre do Sul já é um convite para um pequeno gole tanto em suas águas mineral que descem pelas pedras, riachos e cachoeiras como da bebida extraída do vapor da fervura da guarapa de cana de açúcar. É cercada por morros com vegetação remanescente da Mata Atlântica e ideal para descanso.
Adega de pedras
Há 30 anos que José Narciso Brolezi Salzani, o Italiano, construiu a Adega do Italiano, uma casinha com a pedra madeira sobreposta à beira da estrada. Neste tempo, aprendeu a fazer cachaça e vinho e montou um alambique. Por ano, engarrafa 3 mil litros de pinga artesanal, produzida entre julho e novembro. E mais 3 mil de vinho das uvas colhidas no começo do ano na propriedade.
"Temos a cachaça pura e dá para fazer uns 90 tipos diferentes. As mais procuradas são a com canela, com rabo de cascavel, com cipó cravo, arruda, quiné, carqueja", conta. O Italiano faz também um perfumado vinho seco, suave e doce. Outra iguaria apreciada é o licor de morango, maracujá, jabuticaba.
Brechó no alambique
Quando o alambique não é utilizado e os latões de cobre estão secos é a vez do brechó de peças de alta costura de diversas partes do planeta. "As roupas são de grifes nacionais como Maria Bonita e Reinaldo Lourenço ou as mais badaladas pelo mundo como Moschino, Chanel, Givenchy", conta Cathy Henry, que faz a exposição itinerante e costuma levar a vários locais um guarda-roupa recheado de artigos garimpados em diversos países. O preço varia entre R$ 30 e R$ 300.
Dada Macedo é sócia (com o marido) do Espaço da Fonte, um canto charmoso que agrega bar, restaurante e ateliê com exposição permanente de cerâmica. Além, é claro, do alambique da Cachaça da Fonte na parte superior da construção e uma adega no piso inferior. Na entrada, uma fonte de água natural ornamentada por antigas peças de alambique.
Empório São Bento
Na porta da loja, há um velho tonel de madeira que avisa que ali além de cachaça dá para fazer uma feirinha básica. O Empório São Bento têm embutidos, salames e queijos caseiros, pimenta, pães artesanais, sucos, geleias, doces e café. Em outra saleta, o visitante encontra lembrancinhas como cortinas de delicadas cerâmicas, pequenos oratórios, telas de pintura de artistas locais e artesanatos de madeiras.
Panquecas
Antes ou depois de degustar uma cachaça aqui e ali, a opção é experimentar uma panqueca, que é "uma melhor que a outra" como informa o anúncio da Lanchonete Daólio. São 34 tipos de temperos com recheio desde atum, quatro queijos até frango, carne e calabresa.

Viagem ao passado nos hotéis históricos

De São Luís a Ouro Preto, descubra hotéis que carregam um pedaço da história do País. E planeje uma luxuosa viagem ao passado
 
Nos hotéis históricos, a arquitetura e mobiliário do passado ganham toques de conforto
Os hotéis históricos conservam a mesma atmosfera do passado. A arquitetura bem preservada e a decoração com mobiliário antigo garantem um charme extra. Mas eles não pararam no tempo e incorporaram facilidades modernas como internet sem fio e televisão a cabo.
A partir deste ano, a nova classificação de hotéis do Ministério do Turismo vai incluir o item hotéis históricos. São locais tombados pelos órgãos de patrimônio histórico e que guardam um pedacinho da história da cidade. Conheça alguns deles e faça uma viagem ao passado.



Convento do Carmo – Salvador

Divulgação
O Convento do Carmo, erguido no século 16, abriga hoje um luxuoso hotel
Construído no século 16 por frades carmelitas, o convento foi cuidadosamente restaurado para abrigar um hotel luxuoso. A recepção fica em um antigo altar do século 18. Já as celas onde dormiam os religiosos foram transformadas em quartos, decorados com obras de arte. 
E não faltam mimos ao hóspede mais exigente. É possível escolher um menu de travesseiros com opções de pena de ganso, látex e ervas. Já o spa oferece terapias com produtos à base de cacau. E o restaurante, especializado em gastronomia portuguesa, é famoso por seus divinos doces conventuais.
Localizado no Pelourinho, o convento foi palco de acontecimentos importantes na história brasileira. Foi ali que os holandeses assinaram a carta de rendição aos portugueses, em 1625. O espaço também serviu de quartel para as tropas portuguesas.
Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o conjunto reúne o convento, a Igreja do Carmo com duas capelas e uma sacristia pintada em ponto de ouro, e o museu, com um acervo de 1.500 obras de arte entre móveis, imagens sacras e pratarias.

Endereço: Rua do Carmo 1, Pelourinho
Telefone: (71) 3327-8400
Diária: a partir de R$ 595 para o casal



Solar do Império – Petrópolis

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Como nos velhos tempos, dê um passeio por Petrópolis de charrete
Os dois casarões do século 19 abrigam um requintado hotel, que preserva o clima encantador da época do Império. As imponentes colunas e o elegante mobiliário, como a lareira com fachada de madeira na sala de estar, fazem o hóspede se sentir como um membro da antiga família real.
Quando o cafeicultor Joaquim Antonio Passos decidiu construir o imóvel, nos idos de 1870, teve que pedir autorização à Princesa Isabel. Permissão concedida, desde que ele construísse um casarão tão bonito quanto o dela, que era vizinha do local.
O restaurante Imperatriz Leopoldina combina gastronomia brasileira e internacional, com uma adega que oferece uma boa carta de vinhos. Às sextas e sábados é servido o chá da tarde, às 17 horas. Repare nos delicados afrescos das paredes pintadas a mão pela artista plástica Dominique Jardy.
Tombado pelo Iphan, o hotel cercado por belos jardins fica no coração de Petrópolis. Para relaxar, o complexo conta com tratamentos estéticos no spa, ofurô, saunas, banheiras de hidromassagem e piscinas – ao ar livre ou coberta.
Endereço: Avenida Koeler, 376, Centro
Telefone: (24) 2102-3000
Diária: a partir de R$ 380 para o casal



Solar do Rosário – Ouro Preto


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Depois de restaurado, o jardim do solar ficou impecável
O charmoso hotel com janelonas construído em 1840, no auge da mineração, foi totalmente reconstruído, sem perder o encanto do passado colonial. Os quartos são decorados elegantemente com móveis antigos – como banheiras em estilo vitoriano.
O farto café da manhã é servido ao lado de um majestoso fogão à lenha. Já o restaurante decorado com lustres de cristal e peças sacras barrocas, combina cardápio internacional com temperos e sabores da deliciosa culinária mineira.
Na parte mais alta do hotel, estão duas piscinas – aquecidas e ao ar livre – de onde se tem uma vista panorâmica de Ouro Preto, considerada patrimônio mundial pela Unesco.
Endereço: Rua Getúlio Vargas, 270, Largo do Rosário, Centro Histórico
Telefone: (31) 3551-4200
Diária: A partir de R$ 275 para o casal



Hotel Pousada Colonial – São Luís

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A fachada coberta por azulejos azuis portugueses é marca registrada dos antigos casarões
A fachada coberta por azulejos azuis em alto relevo já é marca registrada dos casarões do centro histórico de São Luís. Essa foi a forma encontrada pelos portugueses para diminuir o calorão dentro das casas, já que os azulejos refletem a luz do sol.
O sobrado construído no século 19 ainda conserva no seu interior o piso de cantaria e a escadaria de madeira. Nesse hotel morou o intelectual João Francisco Lisboa, que ocupou uma das cadeiras da Academia Brasileira de Letras.
Simples e aconchegante, ele foi tombado pelo patrimônio cultural do estado e guarda ainda uma surpresa: um mirante de onde se avista boa parte da cidade. Parte do prédio abriga exposições de artistas locais.
 

Pipa - Um caminho deslumbrante até o paraíso

Viajar pelo litoral sul do Rio Grande do Norte é um dos passeios mais bonitos para os turistas que querem conhecer um pouco além de Natal
 
Após a praia da Pipa, o chapadão de areias vermelhas dão uma vista deslumbrante da região
O trajeto de Natal até o litoral sul do Estado está entre os passeios mais aguardados para quem chega à região. Nesse sentido, a 80 quilômetros de Natal, está a Praia da Pipa, o segundo destino turístico mais visitado do Rio Grande do Norte. O sucesso da região se deve a sequência de praias do caminho, que estão entre as mais belas do Nordeste, e pelo lugar especial que é Pipa.


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O maior cajueiro do mundo tornou-se uma das atrações mais marcantes de Natal
Entre os destaques do caminho que leva ao sul do Estado, partindo de Natal, estão o maior cajueiro do mundo, e as praias do Cotovelo, Pirangi, Búzios, Tabatinga, Camurupim, Barreta, Malembá e Timbau do Sul, onde está Pipa. É uma atrás da outra e até lá, o turista desfruta da paisagem de falésias com cores vibrantes e mirantes de onde se observam as praias e, dependendo do horário, grupos de golfinhos no mar.

O passeio ainda pode se estender para outras praias mais ao sul como Sibaúma, Barra do Cunhaú, Baía Formosa e Sagi, na divisa com a Paraíba. Se tiver tempo, vale a pena conhecer cada praia. Sugestão: vá de bugue ou de jipe 4X4 e faça o trajeto pelas costa, rasgando o litoral da região, e se aventurando com as lindas praias, as grandes falésias e os mirantes deslumbrantes.


Daniel Torres
A visão das praias, das dunas e do mar agradam a todos que passam por Tabatinga
Mas o destaque do litoral sul é a Pipa. Lindas praias, vida noturna agitada, hotéis e gastronomia de qualidade. Esses são alguns argumentos de Pipa para seduzir admiradores do mundo inteiro. A Pipa é eclética, é destaque para quer relaxar na areia, surfar, conhecer a mata atlântica, ou saborear de uma boa culinária.

Para explorar a Pipa, pode-se começar pela Praia do Centro, que concentra a maioria dos bares e casas de veraneio. Perto da Praia do Centro fica a Praia do Amor, preferida dos surfistas. Ela tem acesso pela beira-mar ou por uma escada natural esculpida no chapadão, um bloco de falésias vermelhas que, à tarde, dá sombra à praia. Ao sul da Praia do Amor ficam trechos mais desertos frequentemente visitados pelos turistas que gostam de trekking.


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Praia do Amor é uma das preferidas dos surfistas
Ao norte da Pipa estão a Baía dos Golfinhos e Madeiro. A baía recebeu esse nome em homenagem aos golfinhos que nadam em suas águas calmas. Já Madeiro fica em uma reserva de mata atlântica aberta e com trilhas rústicas guiadas.

Para quem preferir conhecer Pipa sem pegar o caminho a beira-mar é só partir de Natal e seguir pela BR-101 até Goianinha e optar entre a estrada tradicional, que passa pela Lagoa de Guaraíras e pela cidade de Tibau do Sul, ou a nova estrada, que encurta o trajeto direto a Pipa. Esse caminho pode ser feito por vans, micro-ônibus e ônibus intermunicipal.


Daniel Torres
Os bugues são versáteis nos vários tipos de terrenos da região
 

Mergulho nos Parrachos de Maracajaú

Do fundo do mar vem mais uma atração do Rio Grande do Norte
 
Vista aérea dos parrachos. Maré baixa deixa o turista em meio à fauna marinha da região
O mar azul e calmo de Maracajaú abriga um dos mais belos ecossistemas marinhos da costa do Nordeste. E é nos Parrachos de Maracajaú, uma cadeia de recifes de corais que se estende por 10 quilômetros de mar, a sete quilômetros de distância da costa da cidade de Maxaranguape, no litoral norte do Rio Grande do Norte, que habitam centenas de espécies de peixes, crustáceos e moluscos que podem ser contemplados em seu ambiente natural pelos turistas.

Quinze minutos de lancha ou 40 minutos de catamarã são suficientes para que o turista viaje entre a linda vista beira-mar de Maracajaú até os recifes. Já na reserva de preservação marinha, pode-se optar entre fazer um mergulho recreativo, usando snorkel e equipamento básico, ou conhecer a fauna e a flora marinhas mais profundamente, com equipamentos de mergulho.
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Mergulhadores certificados podem ver de pertinho a vida marinha

A maré seca forma piscinas naturais de águas azul-claras com profundidade entre um e quatro metros. Neste cenário, o mergulhador pode conhecer diversas espécies marinhas que entram e saem de "cavernas" pelo mar em busca de alimento e refúgio.

O passeio dura cerca de duas horas. Durante a permanência, os turistas também podem beber e comer num dos barcos "flutuantes" de apoio que ficam atracadas permanentemente em alto mar.

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Os Parrachos podem ser visitados por menos de 1000 pessoas por dia

Por controle ambiental, os parrachos podem ser visitados por menos de 1000 pessoas por dia para que o mergulho não represente danos ao ecossistema. Após curtir o passeio nos recifes, ainda dá para conhecer outros pontos interessantes da região, entre eles dunas de Maracajaú. A cadeia reúne dunas móveis e fixas e trechos com areias coloridas.

Outro programa para quem vai a Maracajaú é o parque aquático Ma-noa. Com 52 mil metros quadrados de área, o parque recebe o visitante com uma estrutura que inclui diversos toboáguas e piscinas, bar flutuante, restaurante e outros atrativos.
 

Notícias As piscinas naturais do Nordeste

Peixinhos curiosos dão as boas vindas aos visitantes
Águas praticamente transparentes e pontuadas por peixinhos coloridos fazem das piscinas naturais do Nordeste verdadeiros aquários a céu aberto. Como são rasas, você só precisa de máscara e snorkel para contemplar todos os encantos que vivem nos corais. E relaxar na água morninha e sem correnteza.
Uma dica: como as piscinas são formadas na maré baixa, fique de olho na tábua das marés antes de sair para o passeio. Nas luas cheia e nova, as águas ficam ainda mais cristalinas.
À beira da praia ou em alto mar, reunimos piscinas naturais de cinco Estados nordestinos, que merecem um demorado mergulho.
Porto de Galinhas – Pernambuco

OS RUPIAS/FLICKR
Com águas tão clarinhas, nem é preciso mergulhar para ver os peixes
As piscinas naturais são o principal cartão postal de Porto de Galinhas. Assim que o visitante dá um tchibum nas águas morninhas, dezenas de peixinhos azuis, vermelhos, amarelos dão as boas vindas. Elas deram fama ao vilarejo, localizado no sul de Pernambuco, que recebe meio milhão de turistas por ano.
Você pode ir nadando até as piscinas, mas perderia o divertido passeio de jangada. No percurso, o jangadeiro mostra a mais famosa de todas, que ganhou o apelido de “Mapa do Brasil” por causa do formato.
Como chegar:O passeio de jangada custa, em média, R$ 10 por pessoa. Procure os jangadeiros na Praia de Porto de Galinhas em frente às piscinas naturais
Maragogi - Alagoas

GALERIA DO BEM/FLICKR
As barreiras de corais das galés são uma das maiores do mundo
A cor azul-turquesa da água, os recifes coloridos e a diversidade de peixes deram à Maragogi o título de “Caribe brasileiro”. As piscinas naturais, aqui chamadas de galés, são cercadas por extensas barreiras de corais - uma das maiores do mundo. Com um mar quase transparente, é possível até ver os corais mesmo estando fora da água.
Catamarãs deixam o litoral em direção aos arrecifes em alto mar, a seis quilômetros da praia. As galés são rasinhas e bastam máscara e snorkel para apreciar peixes, moluscos, esponjas e crustáceos que vivem nos corais.
Como chegar:O passeio de lancha custa R$ 50 por pessoa na Maragogirus. O aluguel de máscara e snorkel sai por R$ 10. Telefone: (82) 3296-2203
Picãozinho – Paraíba

SECOM-JP/DIVULGAÇÃO
Catamarãs levam os turistas até as piscinas em alto-mar
A praia de Tambaú, em João Pessoa, é o ponto de partida para as piscinas naturais de Picãozinho, a cerca de 1,5 quilômetro da costa. Enquanto o barco deixa o litoral, se tem uma bela vista da orla da capital paraibana e da Estação Cabo Branco, um prédio em formato hexagonal projetado por Oscar Niemeyer que abriga um conjunto cultural.
Nesse enorme aquário a céu aberto, do tamanho de um campo de futebol, cardumes de peixinhos coloridos nadam nas reentrâncias dos arrecifes de corais. E é bem diversificado: sargentinho, neon, mero, grama, zumbi e tubarão-lixa. Tem estrelas do mar, tartarugas-de-pente. Se tiver sorte, botos cinza e peixes-boi marinhos podem aparecer nas redondezas.
Como chegar:O passeio de catamarã custa R$ 35 por pessoa na 100% Lazer. Inclui snorkel e máscara. Telefone: (83)8863-0715
Taipu de Fora - Bahia

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Com tons degradé de azul, o aquário fica na beira da praia
Águas clarinhas, belos corais e peixes de todas as cores são um convite irresistível ao mergulho. A piscina natural fica bem perto da praia de Taipu de Fora, a mais famosa da Península de Maraú, no sul da Bahia. O grande aquário de quase um quilômetro de largura reflete na água azul-turquesa os coqueirais, que dividem a areia e a mata.
No verão, os mergulhos são feitos à noite com lanternas, para observar a fauna marinha que se esconde nos labirintos dos arrecifes. Para chegar até a praia de Taipu, é preciso seguir por trilhas pela mata ou alugar um jipe. Mas ter todo aquele pedaço de paraíso praticamente só para você, compensa – e muito.
Como chegar: Ao contrário da maioria das piscinas naturais do Nordeste, as de Taipu de Fora ficam à beira-mar e não é necessário transporte de barco
Maracajaú – Rio Grande do Norte

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Nos parranchos também dá para mergulhar com cilindro para ver os corais
Santuário submarino, os recifes se estendem por mais de dez quilômetros em alto mar. Chamados de parranchos, eles abrigam centenas de espécies de peixes – e ainda crustáceos, moluscos, estrelas do mar e algas.
Como os corais ficam submersos, entre um e quatro metros de profundidade, máscara e snorkel são imprescindíveis. Os sete quilômetros de distância da praia são feitos a bordo de lanchas ou catamarãs confortáveis, que oferecem petiscos e bebidas. Para quem quiser mergulhar mais fundo, as embarcações oferecem equipamentos.

Os encantos de Trindade

Com praias magníficas e temperatura da água sempre quente, a antiga vila hippie de Paraty é um paraíso entre São Paulo e Rio de Janeiro 
 
Trindade tem boas praias para a prática de surfe e até sedia alguns campeonatos
Trindade sempre foi vista como um destinos especial para os amantes da cultura hippie. De certa maneira a impressão passada ao entrar pelas estradas de terra de acesso a este vilarejo de Paraty não poderia ser outra, com casas simples e coloridas, pessoas que sorriem para todos e um clima de desapego ao tempo. Sim, desapego ao tempo é o que o visitante deve fazer ao chegar na cidade, sem o menor sinal de pressa e de contemplação à natureza. Ela última bem preservada, oferecendo inúmeros aminhos em trilhas para cachoeiras e pequenas praias pouco conhecidas e frequentadas.
Enfim, Trindade é um pequeno paraíso escondido entre as maiores cidades brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro, que resiste ao passar dos anos de maneira sutil, elevando o astral de todo aquele que desembarca por aqui.
As ruas de paralelepípedo continuam as mesmas, porém há mais opções em hospedagens, diga-se de passagem, cada vez mais charmosas. Como o clima é agradável durante quase o ano inteiro, a temporada de Trindade é prolongada, sendo possível pegar sol na maioria dos dias.

Felipe Carneiro
Vila de Trindade, em Paraty, tem algumas das praias mais bonitas da região
O comércio local também evoluiu bastante nos útlimos dez anos últimos dez anos. O que antes era terreno vazio, agora abriga lojas de artesanato e restaurantes de frutos do mar. O artesanato é a forma que muitas pessoas encontram para sobreviver na vila. Muitos vêm de fora para passar férias e alguns resolvem permanecer, atraídos pela aura do lugar. O alto astral de Trindade é realmente contagiante. Com praias magníficas e temperatura da água sempre quente, os dias passam rápido, caminhando, conhecendo, conversando, entre um mergulho e outro no mar cristalino.

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Vilarejo tem praias magníficas com águas de temperatura sempre quente
As trilhas são de chão batido e proporcionam vistas incríveis quando se está no alto, rodeado por mata atlântica. A região é muito rica em vegetação e possui incontáveis cachoeiras e quedas d'água para amenizar o calor úmido, sentido na pele ao atravessar o percurso entre uma ponta e outra de trilha. Para quem imagina que as noites são desanimadas, vale um aviso: está enganado. Com bares e luaus à beira mar, a boemia se estende, agitada e divertida, muitas vezes até o sol nascer novamente e dar as boas-vindas aos visitantes mais apaixonados por este lugar de paz.