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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Conheça a cidade de São Paulo de bicicleta

Para quem quer conhecer um pouco da história de São Paulo e ainda pedalar, o Terra conta sobre um roteiro prontinho para fazer com outros ciclistas e também dá as dicas para quem ainda precisa ir num ritmo mais lento com a bicicleta. O Pedal das Estações é um passeio de bicicleta pelos principais pontos históricos do centro da capital, que já existe há 17 anos, mas é conhecido por poucos. O grupo de 100 ciclistas sai de manhãzinha do bairro Campos Elíseos e percorre mais de 20 km.
Roteiro
Os principais pontos do roteiro da Estação do Pedal são a Estação Júlio Prestes, onde está instalada a sala São Paulo de concertos; a Estação da Luz, construída com base na arquitetura inglesa, no século XX, próximo ao Parque da Luz e à Pinacoteca; o Mercado Municipal, onde é necessário tomar cuidado com carros; o prédio do Banespa, uma das vistas mais privilegiadas da capital; a Catedral da Sé, cartão postal da cidade; o Pateo do Colégio, marco zero de São Paulo; o Vale do Anhangabaú e a Praça Ramos de Azevedo até o imenso Theatro Municipal, construído em 1911 e atualmente em reforma; os viadutos Santa Ifigênia e do Chá, belos e muito movimentados; e, por fim, Campos Elíseos, ponto de partida e também chegada do passeio. Esse é um trajeto mais endurance, então, se você não se sentir preparado, é melhor preparar um roteiro que exija menos esforço físico.
Cuidado sempre
Prefira passear de bicicleta pela capital nos sábados ou domingos, quando algumas vias da cidade são transformadas em ciclovias. É o caso do Elevado Costa e Silva, conhecido como Minhocão, passarela que liga o centro da cidade à região da Pompeia. O Elevado lota de paulistanos e de turistas. É importante se lembrar de pedalar sempre à direita dos carros e evite usar fones de ouvido.
Há também ciclovias em avenidas, que têm parte de suas ruas fechadas para o tráfego de automóveis nos fins de semana. É assim nas Avenidas Juscelino Kubitscheck, na Vila Olímpia, e Inajar de Souza, na Vila Nova Cachoeirinha.
Park here
Outras opções são os parques. No Ibirapuera, além de haver ciclofaixa, é possível alugar uma bicicleta. Outros parques, menores, podem ser igualmente divertidos e repletos de verde e ciclistas: Parque do Povo - já foi percorrido de bike até pelo ex-Beatle Paul McCartney, quando visitou o Brasil em novembro de 2010 -, Parque Villa-Lobos, Parque do Carmo e Parque Anhanguera.
Para quem quer algo menos povoado e realmente exclusivo para ciclistas, uma opção é a ciclovia na Marginal Pinheiros, na zona sul. São 14 km de percurso, entre a avenida Miguel Yunes, em Interlagos, e a estação Vila Olímpia da CPTM. O único contratempo é o mau cheiro que o rio Pinheiros ainda pode ter em alguns dias; prefira percorrer o local nos meses mais frios.
Tendo uma bike, há muitos passeios que podem tornar seu final de semana diferente. Vá do Memorial da América Latina e do Parque da Água Branca até a sede da Prefeitura; ou do Masp até o Parque do Ibirapuera. Ao final do percurso, você vai ver que pedal, história, verde e São Paulo andam muito bem juntos.

Pratique rapel em lugares radicais na Bahia

Quando se pensa em sol, praia, carnaval e cultura brasileira, a Bahia é um dos primeiros locais do país a ser lembrado. No entanto, o Estado é também referência quando se trata de esportes radicais. Sua natureza exótica e grande quantidade de parques, cachoeiras, lagos e montanhas tornaram-se famosos entre os turistas que procuram por aventuras.
Devido ao terreno acidentado e incidência de montanhas e cavernas em todo o Estado, o rapel é uma das práticas mais comuns. Interagir com o rio São Francisco e seus cânions, explorar as belezas e acampar na Chapada Diamantina e se aventurar em cascading (esporte de aventura que consiste na exploração progressiva de uma cachoeira) pelas cavernas que se espalham em solo baiano são apenas algumas das possibilidades.
Na Costa do Cacau, as centenas de quilômetros de praias, rios e cachoeiras em áreas preservadas da Mata Atlântica favorecem a prática do cascading, que utiliza as mesmas técnicas do rapel para descer quedas d'água. Ideal para os aventureiros mais experientes, a Cachoeira do Véu de Noiva - sugestivamente conhecida como Pancadão - tem o maior salto da região, com 40 m de altura. O acesso também não é dos mais fáceis: é preciso percorrer uma hora de barco e depois fazer uma trilha de 40 minutos.
Outra queda d'água indicada para níveis avançados de rapel fica na Costa do Dendê. A Cachoeira da Pancada Grande, com seus três gigantescos degraus de pedra (chamados de Três Pancadas) ao longo de 90 m, já foi palco da competição Ecomotion/Pro, que traz desafios na natureza. É preciso ficar atento à forte vazão do Rio das Almas e às pedras do local, que costumam ser muito escorregadias.
Grande cânion
Ponto imperdível para os amantes da natureza é a região de Paulo Afonso, por onde passa o Rio São Francisco. Só a oportunidade de conhecê-lo já seria o suficiente para atrair turistas, mas, além disso, há o cânion que o margeia e que favorece a prática de um rapel alucinante. No Parque Dom Pedro II, da ponte metálica, construída em 1958 por Juscelino Kubitscheck para ligar Alagoas e Bahia, é possível apreciar a bela paisagem durante a descida de 84 m.
No local também é muito comum a prática de bungee-jumping. Se ao chegar lá você sentir alguma familiaridade com o cenário, não se espante: a ponte costuma ser cenário para rapel e bungee-jumping em programas de esporte com certa frequência. Se a intenção é praticar também caving, o destino mais procurado é o Oeste Baiano, cujo conjunto rochoso forma um grande complexo de grutas.
Nas cavernas mais assediadas, Buraco do Inferno e Sumidouro, os obstáculos são considerados difíceis. Já a Gruta do Catão, à qual se chega passando por uma trilha de cerca de 100 m com terreno íngreme e pedregoso e vegetação densa, o caving exige esforço, mas vale a pena devido a sua beleza ímpar. De lá, é possível ter acesso à Lagoa Azul, um dos cartões postais da região. Perto dali também há um sítio arqueológico e um lago com uma espécie de areia movediça.
O paraíso do rapel é a Chapada Diamantina. Com seus morros, grutas e cachoeiras, a região é conhecida pelas belezas naturais. Não deixe de passar pelo Morro do Pai Inácio, cartão postal da Chapada. Talvez você não tenha coragem de se aventurar num rapel pelo local, mas não se iniba -a altura de 150 m faz muitos desistirem antes mesmo da escalada. Se você ainda está começando, o Poço do Diabo, com altura de 22 m e um lago ao final, é o ideal.
Altas aventuras
É na Chapada também que fica a maior cachoeira do Brasil, a da Fumaça - que também é uma das mais altas do mundo, com 420 m. Naturalmente, o cascading no local também é o mais arriscado. Porém, mesmo para quem não tem grande experiência, vale a pena percorrer a trilha de 48 km (em quatro dias e três noites) para chegar até a queda. O roteiro inclui travessia por tirolesa, além de caving e cascading nas cachoeiras e cavernas pelo caminho.
O rapel em caverna também pode ser feito na Gruta do Lapão Velho, na região de Santa Luzia. São duas entradas separadas por 500 m de descida íngreme. Dentro da caverna, há travessias de abismos e galerias submersas. Ao escalar o topo do 'Apaga Vela', chega-se ao salão principal. No total, o complexo tem cerca de 20 grutas.
Rapel urbano
Mas todo amante de rapel sabe que, apesar de ser desejável, o ambiente natural não é pré-requisito essencial para o esporte. Onde houver terreno acidentado e grandes alturas a serem percorridas, será sempre uma boa opção. É por isso que em Salvador, com suas depressões geológicas que deram origem a paredões, pontes e viadutos, não é incomum avistar praticantes de rapel descendo torres aqui e acolá.
Os principais pontos da cidade para a prática são o prédio do Hotel Vitória Marina, torres da TV Itapoã e do Centro de Convenções da Bahia e o Elevador Lacerda, um dos pontos turísticos mais conhecidos da cidade. Com 72 m de altura, ele proporciona uma espetacular visão da Baía de Todos os Santos.

Navios fazem a última chamada para o Carnaval

Ainda dá tempo para aproveitar o Carnaval em alto-mar. Mas corra: dos 20 navios que percorrem a costa brasileira nesta temporada, apenas dez ainda aceitam reservas para o período de folia.
No feriado, os três navios da Costa Cruzeiros --Costa Victoria, Costa Fortuna e Costa Serena-- estão lotados.
Das cinco embarcações da CVC, apenas o CVC Imperatriz, saindo de Itajaí (SC), possui vagas. Até o fechamento desta edição, a Ibero ainda aceitava reservas no Grand Celebration, que zarpa de Santos em 4 de março.
Tanto a MSC quanto a Royal Caribbean ainda têm cabines disponíveis em todos os seus navios.

Editoria de Arte / Folhapress
FESTA A BORDO
Não pense que fugirá da folia em uma viagem de navio. Fique atento à programação. No Costa Serena, há DJ, música 24 horas e um telão na piscina. A ideia é transmitir as imagens do Carnaval em tempo real.
Os navios da CVC terão cronograma temático, com colares coloridos e festas no deque da piscina, com bandas ao vivo de axé, sertanejo, pop rock e samba.
No fim da temporada, o CVC Bleu de France é o último a ir embora, com saída de Santos no dia 18 de maio.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Sinal verde para curtir patrimônios e natureza de Curitiba

Curitiba é um das cidades mais "verdes" do Brasil. A quantidade de parques e bosques é a primeira coisa que chama a atenção do turista que pisa pela primeira vez na capital paranaense. Mas Curitiba também impressiona pelas soluções em transporte público, pela gastronomia de qualidade e vida cultural variada.

Jardim Poty Lazzarotto é um dos points turísticos de Curitiba O parque mais frequentado, o Barigui, é também o maior, com seu 1,4 milhão de metros quadrados. Lá, moradores e turistas convivem pacificamente com preás, socós, garças brancas, gambás, tico-ticos e sabiás que habitam o local. Entre as opções para entretenimento estão churrasqueiras, quiosques, pistas de bicicross e aeromodelismo, quadras, equipamentos de ginástica, restaurante, parques de diversão, o Museu do Automóvel e a Estação Maria Fumaça.
Outro local que é referência na cidade é o Parque Tanguá, que foi inaugurado em 1996 como uma ação para a preservação do rio Barigui. Sua principal atração são as duas pedreiras unidas por um túnel de 45 m de extensão que pode ser atravessado a pé ou por uma passarela sobre a água. O parque também oferece pista de cooper, ciclovia, mirante, lanchonete e o Jardim Poty Lazzarotto.
Como na França
Outro dos pontos turísticos mais visitados de Curitiba é o Jardim Botânico, feito à imagem dos jardins franceses. A estufa impressiona com espécies nacionais e uma fonte de água. Atrás fica o espaço cultural Frans Krajcber, cuja exposição permanente conta com 144 esculturas. Quer conhecer um pouco da mata nativa? Há trilhas no local para se percorrer a pé.
A Ópera do Arame, um dos símbolos de Curitiba, também foi construída à semelhança da Ópera de Paris, com estrutura tubular e teto transparente. O local é cercado por um lago e tem ainda uma cascata. Todo tipo de espetáculo é apresentado ali, do clássico ao popular - a capacidade é de cerca de 1,6 mil pessoas.
No Teatro Paiol, as apresentações são um pouco mais intimistas: a capacidade da casa é de 220 pessoas. O local foi construído para abrigar um depósito de pólvora e, após várias restaurações, foi inaugurado como teatro em 1971, com um show de ninguém menos do que Vinícius de Moraes.
Curitiba tem também tem em seu cardápio turístico o maior museu da América Latina, o Museu Oscar Niemeyer. Ele foi inaugurado em 2002, quando o arquiteto reformulou o projeto do Edifício Castelo Branco, de sua própria autoria.
Ainda de olho na arquitetura da cidade, a pedida é visitar o Largo da Ordem, com suas imponentes construções do século 18, como a Casa Romário Martins e o Museu de Arte Sacra, que fica dentro da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas.
Além disso, vale a pena prestar atenção nas fachadas da Casa Vermelha e do Palácio Garibaldi e passar pela travessa Nestor de Castro, toda decorada com painéis de azulejo feitos por Poty Lazzarotto. Mas o largo é famoso mesmo pela boemia garantida nos bares que o rodeiam e pelos espetáculos de música e arte que acontecem no memorial de Curitiba.



Alugue sua Ilha de Caras gastando pouco (ou muito)

Um final de semana de Ilha de Caras para você e seus amigos. Muito mais do que um sonho, esta pode ser uma possibilidade ao alcance da mão -e do bolso. Por valores que vão de R$ 350 por dia e por pessoa a meio milhão de reais por semana existem, no nosso litoral e em outros mares, ilhas paradisíacas, equipadas para receber grupos e fazer das fantasias, realidade.
No Brasil, o serviço, que alia privacidade, mordomia e paisagens únicas, pode custar R$ 240 por dia e por pessoa. A maior parte das ilhas particulares disponíveis para aluguel está no arquipélago de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. As agências especializadas neste tipo de serviço costumam preparar pacotes que incluem o uso dos imóveis, que podem ser mansões com dezenas de cômodos ou chalés independentes, o transporte até o local, por lancha ou helicóptero, e uma equipe de funcionários de apoio - cozinheiros, marinheiro e faxineiros, por exemplo.
Em Paraty, no Rio de Janeiro, a Ilha do Breu pode receber até 75 pessoas. Basta pagar R$ 35 mil pelo fim de semana todo - menos de R$ 500 por cabeça. Além de passar dois dias em um paraíso tropical, quem escolher esse destino poderá usufruir de 19 confortáveis chalés, com todas as refeições incluídas.
E muito perto, em Angra dos Reis, tem a Ilha da Piedade, perfeita para quem gosta de badalação: aqui já foi a famosa Ilha de Caras. Nos seus seis bangalôs e quatro apartamentos pernoitaram celebridades brasileiras e internacionais, e as suas praias foram cenário de produções fotográficas e romances tórridos. O aluguel é só para grupos fechados, de até 20 pessoas. Tem Casa de Praia com varandas, sala de estar e de jantar, cozinha e banheiro. No alto da ilha fica o Grande Pavilhão com salão, home theater, varandas, piano-bar, sala de sinuca e sala de jantar. Há ainda o deck, as três praias, a quadra de tênis iluminada, e o campo de futebol. Para quem chegar pelo ar, está o heliponto, e para passeios pelas ilhas vizinhas há um barco para transporte de passageiros. O preço de fazer realidade a própria Ilha da Fantasia? U$ 10.000 por dia em alta temporada, aproximadamente R$ 17.000.
Alugar fora do país também pode. A ilha Petit St. Vincent, conhecida como PSV, fica no Caribe e oferece seus quase quatro quilômetros de praias de areia branca pelo valor modesto de U$ 5.670 a semana (aproximadamente R$ 9.600) por cada um dos seus 22 bangalôs. Quem alugar o conjunto tem desconto garantido. A ilha descreve-se melhor pelo que não tem: aeroporto, chave nas portas, TV, telefone, turistas. Há, sim privacidade, natureza virgem, águas turquesas e um serviço de alto padrão, com uma relação de um funcionário por cada visitante. Snorkeling, mergulho com garrafas, passeios de iate e caminhadas são algumas das atividades disponíveis na ilha PSV.
Cayo Espanto, em Belize, surpreende não apenas pelo nome engraçado: a ilha é considerada um dos locais mais bonitos e exclusivos do mundo, a apenas duas horas de Miami. E está disponível para alugar pelo valor de U$ 10.000, a noite (uns R$ 17.000, aproximadamente), com refeições inclusas.
Após troca de avião, chega-se num pequeno jatinho que voa a baixa altura por cima das ilhas e da segunda maior barreira de corais do mundo. Um aperitivo digno de umas férias verdadeiramente cinco estrelas: a ilha conta com quatro mansões e dois bangalôs, todos com vista para o mar e piscinas, total privacidade e serviço de primeira. A capacidade máxima é de 14 pessoas.
Um pouco mais de exotismo, sem abrir mão do luxo, pode ser encontrado nas Ilhas Seychelles, na costa leste da África, no Oceano Índico, região com um dos mares mais transparentes do planeta, e onde ficam talvez as areias mais brancas. Neste local está para alugar a Round Island. O preço não é barato, com certeza: 134.750 Euros por semana (aproximadamente R$ 317.000). E se o quesito for ilhas de preço alto de aluguel, difícil disputar com Musha Cay, nas Bahamas: são U$ 325.000 por semana -um pouco mais de meio milhão de reais! Um detalhe: as ligações não estão inclusas no preço.
Gostou da ideia da ilha própria? Se o dinheiro não estiver curto, sempre existe a possibilidade de comprar algumas ilhas brasileiras que estão à venda. Se tiver dinheiro para isso, claro. A Ilha das Couves, perto do Guarujá, em São Paulo, custa cerca de R$ 12,7 milhões e é descrita como um "verdadeiro paraíso, sem grandes tempestades, cobras ou mosquitos gigantes". Outra ilha, perto de Paraty, é oferecida por R$ 13 milhões. Possui casa com quatro suítes mobiliadas e gerador de energia solar em um terreno de 40 mil metros quadrados.

Vale dos Vinhedos é rota para despertar os sentidos

Então, prepare-se para mudar o paladar e para abrir os sentidos numa viagem pelo Vale dos Vinhedos (RS). Depois de passar pela aula na cantina, na cave e na sala de barricas de carvalho, estarão esperando por você delícias como batata baroa com costelinha crocante. Tudo em harmonia com um Pizzato Reserva Merlot.

Paulo Von Poser/Folhapress
Chapéu com cacho de uvas e materiais de desenho e pintura usados pelo artista plástico Paulo von Poser
Chapéu com cacho de uvas e materiais de desenho e pintura usados pelo artista plástico Paulo von Poser
E nem precisa atravessar o Atlântico ou falar francês. De toda forma, ter um ouvido ítalo-paulistano o ajudará nessa viagem de aromas, sabores, cores e paisagens. Uma viagem completa, e o destino é logo ali. Sofisticado demais? Não. Acredite: é um passeio simples e autêntico.
Prepare-se para desurbanizar e mudar a percepção da correria, se esquecer de filas e do trânsito. Quer balada? Só se for nostálgica. Zoeira mesmo, só se for de gaitas e do sotaque vêneto num casamento italiano típico: o de salames e espumante.
Celebrar a vindima é uma festa! Festa de verão, com rainhas e princesas. Lembranças de uma cultura e de uma região que começa a se transformar e se enriquecer, mas já procura sua memória. Lá, as pessoas são bonitas, receptivas e falantes. Mãos gigantes e narizes ótimos para desenhar e capturar expressões do campo.
Todos querem viver ali, mas sempre contam sobre algum irmão ou filho que mora fora, em São Paulo ou no Rio. Parentes que vão estudar enogastronomia ou algo do gênero e frequentar jantares de degustação. Mesmo assim, agora eu já sei que 85% da qualidade de um vinho vem da qualidade da uva, ou seja do seu lugar.

Empresa situa Brasil como 41º maior destino turístico

Principais destinos turísticos do mundo: Brasil ficou apenas em 41º lugarO Brasil foi classificado na 41ª posição do ranking de 2010 de principais destinos turísticos do mundo, elaborado pela empresa de consultoria internacional FutureBrand em parceria com a rede "BBC World News".
A lista em questão é realizada anualmente há seis anos e se baseia em análises de preferências, necessidades e avaliações pessoais de turistas dos cinco continentes que viajam a negócio ou a lazer.
No topo do ranking, estão Canadá (1º lugar), Austrália (2º), Nova Zelândia (3º), Estados Unidos (4º) e Suíça (5º).
Entre os latino-americanos, a Costa Rica é a mais bem posicionada, situada na 27ª colocação. A Argentina ficou em 33º lugar e o Chile em 40º.




Fonte : Terra

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Muita sombra e água fresca que passarinho não bebe em Monte Alegre do Sul, estância hidromineral com cerca de 7 mil habitantes, no Vale Camanducaia, no Circuito das Águas Paulista, a cerca de 135 quilômetros de São Paulo. Não é à toa que o município ostenta o título de "capital paulista da cachaça": já chegou a ter uma centena, mas hoje concentra um pouco mais de 50 alambiques de cachaça artesanal, com adegas de vinho caseiros e licores de frutas da região.
A produção da bebida destilada começou no ano de 1905 com a colonização italiana, manteve-se por gerações e vem se profissionalizando nas últimas decadas.

A produção da bebida destilada começou no ano de 1905 com a colonização italiana, manteve-se por gerações e vem se profissionalizando nas últimas décadas. Por ano, são engarrafados em torno de 500 mil litros da pinga artesanal produzida com fermento natural em toneis de cobre. A cachaça é filtrada em carvão e descansa em tonéis de madeira.
A produção da bebida destilada começou no ano de 1905 com a colonização italiana, manteve-se por gerações e vem se profissionalizando nas últimas decadas. A produção da bebida em geral é encontrada na zona rural mas como a estância se assemelha a uma pacata vila, lembrando que começou a se formar com a implantação da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro em 1873, tem somente 117 km² de extensão e as propriedades rurais estão a menos de 5 quilômetros da área urbana.
Tranquilidade
Na cidade, as ruas tranquilas foram calçadas por paralelepípedo e cercadas por casas erguidas durante a colonização cafeeira. Muitas edificações foram mantidas com suas características originais de época e ocupadas por moradores ou por estabelecimentos comerciais como bares, restaurantes, empórios e lojinhas de artigos diversos.
Há uma delegacia, o posto de saúde, a prefeitura, câmara municipal e a única agência bancária da cidade que é do Banespa Santander. Há uma agência dos correios, farmácia, o Balneário Municipal e a Igreja Santuário do Senhor Bom Jesus.
Em 2003, foi formada a APROCAMAS (Associação dos Produtores de Cachaça de Alambique de Monte Alegre do Sul e Região). São 57 produtores associados, inclusive representantes de cidades vizinhas. O objetivo é atender às exigências de mercado acompanhando as novas tecnologias, introduzir embalagens e rótulos estilizados.
Monte Alegre do Sul já é um convite para um pequeno gole tanto em suas águas mineral que descem pelas pedras, riachos e cachoeiras como da bebida extraída do vapor da fervura da guarapa de cana de açúcar. É cercada por morros com vegetação remanescente da Mata Atlântica e ideal para descanso.
Adega de pedras
Há 30 anos que José Narciso Brolezi Salzani, o Italiano, construiu a Adega do Italiano, uma casinha com a pedra madeira sobreposta à beira da estrada. Neste tempo, aprendeu a fazer cachaça e vinho e montou um alambique. Por ano, engarrafa 3 mil litros de pinga artesanal, produzida entre julho e novembro. E mais 3 mil de vinho das uvas colhidas no começo do ano na propriedade.
"Temos a cachaça pura e dá para fazer uns 90 tipos diferentes. As mais procuradas são a com canela, com rabo de cascavel, com cipó cravo, arruda, quiné, carqueja", conta. O Italiano faz também um perfumado vinho seco, suave e doce. Outra iguaria apreciada é o licor de morango, maracujá, jabuticaba.
Brechó no alambique
Quando o alambique não é utilizado e os latões de cobre estão secos é a vez do brechó de peças de alta costura de diversas partes do planeta. "As roupas são de grifes nacionais como Maria Bonita e Reinaldo Lourenço ou as mais badaladas pelo mundo como Moschino, Chanel, Givenchy", conta Cathy Henry, que faz a exposição itinerante e costuma levar a vários locais um guarda-roupa recheado de artigos garimpados em diversos países. O preço varia entre R$ 30 e R$ 300.
Dada Macedo é sócia (com o marido) do Espaço da Fonte, um canto charmoso que agrega bar, restaurante e ateliê com exposição permanente de cerâmica. Além, é claro, do alambique da Cachaça da Fonte na parte superior da construção e uma adega no piso inferior. Na entrada, uma fonte de água natural ornamentada por antigas peças de alambique.
Empório São Bento
Na porta da loja, há um velho tonel de madeira que avisa que ali além de cachaça dá para fazer uma feirinha básica. O Empório São Bento têm embutidos, salames e queijos caseiros, pimenta, pães artesanais, sucos, geleias, doces e café. Em outra saleta, o visitante encontra lembrancinhas como cortinas de delicadas cerâmicas, pequenos oratórios, telas de pintura de artistas locais e artesanatos de madeiras.
Panquecas
Antes ou depois de degustar uma cachaça aqui e ali, a opção é experimentar uma panqueca, que é "uma melhor que a outra" como informa o anúncio da Lanchonete Daólio. São 34 tipos de temperos com recheio desde atum, quatro queijos até frango, carne e calabresa.

Viagem ao passado nos hotéis históricos

De São Luís a Ouro Preto, descubra hotéis que carregam um pedaço da história do País. E planeje uma luxuosa viagem ao passado
 
Nos hotéis históricos, a arquitetura e mobiliário do passado ganham toques de conforto
Os hotéis históricos conservam a mesma atmosfera do passado. A arquitetura bem preservada e a decoração com mobiliário antigo garantem um charme extra. Mas eles não pararam no tempo e incorporaram facilidades modernas como internet sem fio e televisão a cabo.
A partir deste ano, a nova classificação de hotéis do Ministério do Turismo vai incluir o item hotéis históricos. São locais tombados pelos órgãos de patrimônio histórico e que guardam um pedacinho da história da cidade. Conheça alguns deles e faça uma viagem ao passado.



Convento do Carmo – Salvador

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O Convento do Carmo, erguido no século 16, abriga hoje um luxuoso hotel
Construído no século 16 por frades carmelitas, o convento foi cuidadosamente restaurado para abrigar um hotel luxuoso. A recepção fica em um antigo altar do século 18. Já as celas onde dormiam os religiosos foram transformadas em quartos, decorados com obras de arte. 
E não faltam mimos ao hóspede mais exigente. É possível escolher um menu de travesseiros com opções de pena de ganso, látex e ervas. Já o spa oferece terapias com produtos à base de cacau. E o restaurante, especializado em gastronomia portuguesa, é famoso por seus divinos doces conventuais.
Localizado no Pelourinho, o convento foi palco de acontecimentos importantes na história brasileira. Foi ali que os holandeses assinaram a carta de rendição aos portugueses, em 1625. O espaço também serviu de quartel para as tropas portuguesas.
Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o conjunto reúne o convento, a Igreja do Carmo com duas capelas e uma sacristia pintada em ponto de ouro, e o museu, com um acervo de 1.500 obras de arte entre móveis, imagens sacras e pratarias.

Endereço: Rua do Carmo 1, Pelourinho
Telefone: (71) 3327-8400
Diária: a partir de R$ 595 para o casal



Solar do Império – Petrópolis

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Como nos velhos tempos, dê um passeio por Petrópolis de charrete
Os dois casarões do século 19 abrigam um requintado hotel, que preserva o clima encantador da época do Império. As imponentes colunas e o elegante mobiliário, como a lareira com fachada de madeira na sala de estar, fazem o hóspede se sentir como um membro da antiga família real.
Quando o cafeicultor Joaquim Antonio Passos decidiu construir o imóvel, nos idos de 1870, teve que pedir autorização à Princesa Isabel. Permissão concedida, desde que ele construísse um casarão tão bonito quanto o dela, que era vizinha do local.
O restaurante Imperatriz Leopoldina combina gastronomia brasileira e internacional, com uma adega que oferece uma boa carta de vinhos. Às sextas e sábados é servido o chá da tarde, às 17 horas. Repare nos delicados afrescos das paredes pintadas a mão pela artista plástica Dominique Jardy.
Tombado pelo Iphan, o hotel cercado por belos jardins fica no coração de Petrópolis. Para relaxar, o complexo conta com tratamentos estéticos no spa, ofurô, saunas, banheiras de hidromassagem e piscinas – ao ar livre ou coberta.
Endereço: Avenida Koeler, 376, Centro
Telefone: (24) 2102-3000
Diária: a partir de R$ 380 para o casal



Solar do Rosário – Ouro Preto


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Depois de restaurado, o jardim do solar ficou impecável
O charmoso hotel com janelonas construído em 1840, no auge da mineração, foi totalmente reconstruído, sem perder o encanto do passado colonial. Os quartos são decorados elegantemente com móveis antigos – como banheiras em estilo vitoriano.
O farto café da manhã é servido ao lado de um majestoso fogão à lenha. Já o restaurante decorado com lustres de cristal e peças sacras barrocas, combina cardápio internacional com temperos e sabores da deliciosa culinária mineira.
Na parte mais alta do hotel, estão duas piscinas – aquecidas e ao ar livre – de onde se tem uma vista panorâmica de Ouro Preto, considerada patrimônio mundial pela Unesco.
Endereço: Rua Getúlio Vargas, 270, Largo do Rosário, Centro Histórico
Telefone: (31) 3551-4200
Diária: A partir de R$ 275 para o casal



Hotel Pousada Colonial – São Luís

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A fachada coberta por azulejos azuis portugueses é marca registrada dos antigos casarões
A fachada coberta por azulejos azuis em alto relevo já é marca registrada dos casarões do centro histórico de São Luís. Essa foi a forma encontrada pelos portugueses para diminuir o calorão dentro das casas, já que os azulejos refletem a luz do sol.
O sobrado construído no século 19 ainda conserva no seu interior o piso de cantaria e a escadaria de madeira. Nesse hotel morou o intelectual João Francisco Lisboa, que ocupou uma das cadeiras da Academia Brasileira de Letras.
Simples e aconchegante, ele foi tombado pelo patrimônio cultural do estado e guarda ainda uma surpresa: um mirante de onde se avista boa parte da cidade. Parte do prédio abriga exposições de artistas locais.
 

Pipa - Um caminho deslumbrante até o paraíso

Viajar pelo litoral sul do Rio Grande do Norte é um dos passeios mais bonitos para os turistas que querem conhecer um pouco além de Natal
 
Após a praia da Pipa, o chapadão de areias vermelhas dão uma vista deslumbrante da região
O trajeto de Natal até o litoral sul do Estado está entre os passeios mais aguardados para quem chega à região. Nesse sentido, a 80 quilômetros de Natal, está a Praia da Pipa, o segundo destino turístico mais visitado do Rio Grande do Norte. O sucesso da região se deve a sequência de praias do caminho, que estão entre as mais belas do Nordeste, e pelo lugar especial que é Pipa.


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O maior cajueiro do mundo tornou-se uma das atrações mais marcantes de Natal
Entre os destaques do caminho que leva ao sul do Estado, partindo de Natal, estão o maior cajueiro do mundo, e as praias do Cotovelo, Pirangi, Búzios, Tabatinga, Camurupim, Barreta, Malembá e Timbau do Sul, onde está Pipa. É uma atrás da outra e até lá, o turista desfruta da paisagem de falésias com cores vibrantes e mirantes de onde se observam as praias e, dependendo do horário, grupos de golfinhos no mar.

O passeio ainda pode se estender para outras praias mais ao sul como Sibaúma, Barra do Cunhaú, Baía Formosa e Sagi, na divisa com a Paraíba. Se tiver tempo, vale a pena conhecer cada praia. Sugestão: vá de bugue ou de jipe 4X4 e faça o trajeto pelas costa, rasgando o litoral da região, e se aventurando com as lindas praias, as grandes falésias e os mirantes deslumbrantes.


Daniel Torres
A visão das praias, das dunas e do mar agradam a todos que passam por Tabatinga
Mas o destaque do litoral sul é a Pipa. Lindas praias, vida noturna agitada, hotéis e gastronomia de qualidade. Esses são alguns argumentos de Pipa para seduzir admiradores do mundo inteiro. A Pipa é eclética, é destaque para quer relaxar na areia, surfar, conhecer a mata atlântica, ou saborear de uma boa culinária.

Para explorar a Pipa, pode-se começar pela Praia do Centro, que concentra a maioria dos bares e casas de veraneio. Perto da Praia do Centro fica a Praia do Amor, preferida dos surfistas. Ela tem acesso pela beira-mar ou por uma escada natural esculpida no chapadão, um bloco de falésias vermelhas que, à tarde, dá sombra à praia. Ao sul da Praia do Amor ficam trechos mais desertos frequentemente visitados pelos turistas que gostam de trekking.


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Praia do Amor é uma das preferidas dos surfistas
Ao norte da Pipa estão a Baía dos Golfinhos e Madeiro. A baía recebeu esse nome em homenagem aos golfinhos que nadam em suas águas calmas. Já Madeiro fica em uma reserva de mata atlântica aberta e com trilhas rústicas guiadas.

Para quem preferir conhecer Pipa sem pegar o caminho a beira-mar é só partir de Natal e seguir pela BR-101 até Goianinha e optar entre a estrada tradicional, que passa pela Lagoa de Guaraíras e pela cidade de Tibau do Sul, ou a nova estrada, que encurta o trajeto direto a Pipa. Esse caminho pode ser feito por vans, micro-ônibus e ônibus intermunicipal.


Daniel Torres
Os bugues são versáteis nos vários tipos de terrenos da região
 

Mergulho nos Parrachos de Maracajaú

Do fundo do mar vem mais uma atração do Rio Grande do Norte
 
Vista aérea dos parrachos. Maré baixa deixa o turista em meio à fauna marinha da região
O mar azul e calmo de Maracajaú abriga um dos mais belos ecossistemas marinhos da costa do Nordeste. E é nos Parrachos de Maracajaú, uma cadeia de recifes de corais que se estende por 10 quilômetros de mar, a sete quilômetros de distância da costa da cidade de Maxaranguape, no litoral norte do Rio Grande do Norte, que habitam centenas de espécies de peixes, crustáceos e moluscos que podem ser contemplados em seu ambiente natural pelos turistas.

Quinze minutos de lancha ou 40 minutos de catamarã são suficientes para que o turista viaje entre a linda vista beira-mar de Maracajaú até os recifes. Já na reserva de preservação marinha, pode-se optar entre fazer um mergulho recreativo, usando snorkel e equipamento básico, ou conhecer a fauna e a flora marinhas mais profundamente, com equipamentos de mergulho.
Divulgação
Mergulhadores certificados podem ver de pertinho a vida marinha

A maré seca forma piscinas naturais de águas azul-claras com profundidade entre um e quatro metros. Neste cenário, o mergulhador pode conhecer diversas espécies marinhas que entram e saem de "cavernas" pelo mar em busca de alimento e refúgio.

O passeio dura cerca de duas horas. Durante a permanência, os turistas também podem beber e comer num dos barcos "flutuantes" de apoio que ficam atracadas permanentemente em alto mar.

Divulgação
Os Parrachos podem ser visitados por menos de 1000 pessoas por dia

Por controle ambiental, os parrachos podem ser visitados por menos de 1000 pessoas por dia para que o mergulho não represente danos ao ecossistema. Após curtir o passeio nos recifes, ainda dá para conhecer outros pontos interessantes da região, entre eles dunas de Maracajaú. A cadeia reúne dunas móveis e fixas e trechos com areias coloridas.

Outro programa para quem vai a Maracajaú é o parque aquático Ma-noa. Com 52 mil metros quadrados de área, o parque recebe o visitante com uma estrutura que inclui diversos toboáguas e piscinas, bar flutuante, restaurante e outros atrativos.
 

Notícias As piscinas naturais do Nordeste

Peixinhos curiosos dão as boas vindas aos visitantes
Águas praticamente transparentes e pontuadas por peixinhos coloridos fazem das piscinas naturais do Nordeste verdadeiros aquários a céu aberto. Como são rasas, você só precisa de máscara e snorkel para contemplar todos os encantos que vivem nos corais. E relaxar na água morninha e sem correnteza.
Uma dica: como as piscinas são formadas na maré baixa, fique de olho na tábua das marés antes de sair para o passeio. Nas luas cheia e nova, as águas ficam ainda mais cristalinas.
À beira da praia ou em alto mar, reunimos piscinas naturais de cinco Estados nordestinos, que merecem um demorado mergulho.
Porto de Galinhas – Pernambuco

OS RUPIAS/FLICKR
Com águas tão clarinhas, nem é preciso mergulhar para ver os peixes
As piscinas naturais são o principal cartão postal de Porto de Galinhas. Assim que o visitante dá um tchibum nas águas morninhas, dezenas de peixinhos azuis, vermelhos, amarelos dão as boas vindas. Elas deram fama ao vilarejo, localizado no sul de Pernambuco, que recebe meio milhão de turistas por ano.
Você pode ir nadando até as piscinas, mas perderia o divertido passeio de jangada. No percurso, o jangadeiro mostra a mais famosa de todas, que ganhou o apelido de “Mapa do Brasil” por causa do formato.
Como chegar:O passeio de jangada custa, em média, R$ 10 por pessoa. Procure os jangadeiros na Praia de Porto de Galinhas em frente às piscinas naturais
Maragogi - Alagoas

GALERIA DO BEM/FLICKR
As barreiras de corais das galés são uma das maiores do mundo
A cor azul-turquesa da água, os recifes coloridos e a diversidade de peixes deram à Maragogi o título de “Caribe brasileiro”. As piscinas naturais, aqui chamadas de galés, são cercadas por extensas barreiras de corais - uma das maiores do mundo. Com um mar quase transparente, é possível até ver os corais mesmo estando fora da água.
Catamarãs deixam o litoral em direção aos arrecifes em alto mar, a seis quilômetros da praia. As galés são rasinhas e bastam máscara e snorkel para apreciar peixes, moluscos, esponjas e crustáceos que vivem nos corais.
Como chegar:O passeio de lancha custa R$ 50 por pessoa na Maragogirus. O aluguel de máscara e snorkel sai por R$ 10. Telefone: (82) 3296-2203
Picãozinho – Paraíba

SECOM-JP/DIVULGAÇÃO
Catamarãs levam os turistas até as piscinas em alto-mar
A praia de Tambaú, em João Pessoa, é o ponto de partida para as piscinas naturais de Picãozinho, a cerca de 1,5 quilômetro da costa. Enquanto o barco deixa o litoral, se tem uma bela vista da orla da capital paraibana e da Estação Cabo Branco, um prédio em formato hexagonal projetado por Oscar Niemeyer que abriga um conjunto cultural.
Nesse enorme aquário a céu aberto, do tamanho de um campo de futebol, cardumes de peixinhos coloridos nadam nas reentrâncias dos arrecifes de corais. E é bem diversificado: sargentinho, neon, mero, grama, zumbi e tubarão-lixa. Tem estrelas do mar, tartarugas-de-pente. Se tiver sorte, botos cinza e peixes-boi marinhos podem aparecer nas redondezas.
Como chegar:O passeio de catamarã custa R$ 35 por pessoa na 100% Lazer. Inclui snorkel e máscara. Telefone: (83)8863-0715
Taipu de Fora - Bahia

SXC
Com tons degradé de azul, o aquário fica na beira da praia
Águas clarinhas, belos corais e peixes de todas as cores são um convite irresistível ao mergulho. A piscina natural fica bem perto da praia de Taipu de Fora, a mais famosa da Península de Maraú, no sul da Bahia. O grande aquário de quase um quilômetro de largura reflete na água azul-turquesa os coqueirais, que dividem a areia e a mata.
No verão, os mergulhos são feitos à noite com lanternas, para observar a fauna marinha que se esconde nos labirintos dos arrecifes. Para chegar até a praia de Taipu, é preciso seguir por trilhas pela mata ou alugar um jipe. Mas ter todo aquele pedaço de paraíso praticamente só para você, compensa – e muito.
Como chegar: Ao contrário da maioria das piscinas naturais do Nordeste, as de Taipu de Fora ficam à beira-mar e não é necessário transporte de barco
Maracajaú – Rio Grande do Norte

Divulgação
Nos parranchos também dá para mergulhar com cilindro para ver os corais
Santuário submarino, os recifes se estendem por mais de dez quilômetros em alto mar. Chamados de parranchos, eles abrigam centenas de espécies de peixes – e ainda crustáceos, moluscos, estrelas do mar e algas.
Como os corais ficam submersos, entre um e quatro metros de profundidade, máscara e snorkel são imprescindíveis. Os sete quilômetros de distância da praia são feitos a bordo de lanchas ou catamarãs confortáveis, que oferecem petiscos e bebidas. Para quem quiser mergulhar mais fundo, as embarcações oferecem equipamentos.

Os encantos de Trindade

Com praias magníficas e temperatura da água sempre quente, a antiga vila hippie de Paraty é um paraíso entre São Paulo e Rio de Janeiro 
 
Trindade tem boas praias para a prática de surfe e até sedia alguns campeonatos
Trindade sempre foi vista como um destinos especial para os amantes da cultura hippie. De certa maneira a impressão passada ao entrar pelas estradas de terra de acesso a este vilarejo de Paraty não poderia ser outra, com casas simples e coloridas, pessoas que sorriem para todos e um clima de desapego ao tempo. Sim, desapego ao tempo é o que o visitante deve fazer ao chegar na cidade, sem o menor sinal de pressa e de contemplação à natureza. Ela última bem preservada, oferecendo inúmeros aminhos em trilhas para cachoeiras e pequenas praias pouco conhecidas e frequentadas.
Enfim, Trindade é um pequeno paraíso escondido entre as maiores cidades brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro, que resiste ao passar dos anos de maneira sutil, elevando o astral de todo aquele que desembarca por aqui.
As ruas de paralelepípedo continuam as mesmas, porém há mais opções em hospedagens, diga-se de passagem, cada vez mais charmosas. Como o clima é agradável durante quase o ano inteiro, a temporada de Trindade é prolongada, sendo possível pegar sol na maioria dos dias.

Felipe Carneiro
Vila de Trindade, em Paraty, tem algumas das praias mais bonitas da região
O comércio local também evoluiu bastante nos útlimos dez anos últimos dez anos. O que antes era terreno vazio, agora abriga lojas de artesanato e restaurantes de frutos do mar. O artesanato é a forma que muitas pessoas encontram para sobreviver na vila. Muitos vêm de fora para passar férias e alguns resolvem permanecer, atraídos pela aura do lugar. O alto astral de Trindade é realmente contagiante. Com praias magníficas e temperatura da água sempre quente, os dias passam rápido, caminhando, conhecendo, conversando, entre um mergulho e outro no mar cristalino.

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Vilarejo tem praias magníficas com águas de temperatura sempre quente
As trilhas são de chão batido e proporcionam vistas incríveis quando se está no alto, rodeado por mata atlântica. A região é muito rica em vegetação e possui incontáveis cachoeiras e quedas d'água para amenizar o calor úmido, sentido na pele ao atravessar o percurso entre uma ponta e outra de trilha. Para quem imagina que as noites são desanimadas, vale um aviso: está enganado. Com bares e luaus à beira mar, a boemia se estende, agitada e divertida, muitas vezes até o sol nascer novamente e dar as boas-vindas aos visitantes mais apaixonados por este lugar de paz.