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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Denúncia contra Gim enfraquece nome do PTB para Turismo

Ideia é dissociar futuros ministros de escândalos. Reunião em que petebista apresentaria indicação a Palocci é cancelada

 

 

Alvo de denúncia sobre apresentação de emendas do Orçamento a entidades fantasmas, o senador Gim Argello (PTB-DF) perdeu espaço junto à equipe de transição da presidenta eleita Dilma Rousseff (PT) para a indicação de nomes para o ministério do Turismo.

Relator do Orçamento de 2011, o senador apresentaria, em reunião esta terça-feira, três nomes ao deputado e futuro chefe da Casa Civil, Antonio Palocci (PT-SP): o deputado Armando Monteiro (PE), o senador João Vicente Claudino (PI) e o deputado Nelson Marquezelli (SP). Mas a reunião foi cancelada.
Segundo o iG apurou, as acusações de bancar institutos fantasmas enfraqueceram a posição de Argello. A pasta do Turismo – que ganhou visibilidade após a confirmação de eventos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 - também é negociada com PSB e, principalmente nos últimos dias, com o PMDB.
A ideia é dissociar quaisquer novos ministros de denúncias de irregularidades. O PTB apoiou a candidatura de José Serra (PSDB), mas Argello esteve o tempo todo ao lado de Dilma. As indicações petebistas seriam uma retribuição a esse apoio.
A apresentação dos nomes estava programada para acontecer um dia antes de outra reunião entre Argello e Palocci, que incluiria o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, na qual o senador receberia as primeiras demandas da equipe de transição para a elaboração do Orçamento do ano que vem.
“Todos têm que ser investigados”, diz Argello
Ao iG, Argello também se defendeu da denúncia no repasses de emendas, publicadas este domingo pelo jornal O Estado de S. Paulo. “Compete ao executor, no caso os ministérios, qualificar e aprovar a execução (das emendas parlamentares), bem como fiscalizar e acompanhar o cumprimento dos contratos. E compete ao Tribunal de Contas da União, verificar a probidade dos feitos dos executores”.
Questionado sobre o que achava de as denúncias terem se concentrado contra ele, uma vez que foram identificadas irregularidades em emendas de outros parlamentares, Argello rebateu: “Talvez porque sou o relator (do Orçamento) desse ano”, afirmou. “Todos tem que ser investigados”.


Fonte: Portal IG

 

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